A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO ESPÍRITO SANTO: A IMPLEMENTAÇÃO DO PRONATEC PELO SENAI (2011-2014)

Nome: ANA PAULA RIBEIRO FERREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/04/2017
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARCELO LIMA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA CAROLINA GALVÃO MARSÍGLIA Examinador Interno
ANTONIA DE LOURDES COLBARI Examinador Interno
ANTONIO HENRIQUE PINTO Examinador Externo
MARCELO LIMA Orientador

Resumo: Neste trabalho analisamos como se materializou a execução do Pronatec no Senai do Espírito Santo, tendo em vista que foi um programa que envolveu vultosos recursos públicos para o setor privado. Partindo da concepção do trabalho como forma histórica e ontológica, nos pautamos no materialismo histórico-dialético como referencial teórico-metodológico. Como técnica de pesquisa, adotamos a análise documental e as entrevistas. Esta pesquisa tem como objetivo geral: descrever e analisar os fundamentos e a implementação não estatal da Política de qualificação profissional relacionadas ao Pronatec no Estado do Espírito Santo, no período de 2011 a 2014, com foco na execução do Senai-ES. Pudemos observar que, em nível nacional, predominou a oferta de cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), de curta duração, em detrimento dos cursos técnicos. Por outro lado, apesar de também predominar a oferta de cursos FIC no nível local, percebemos em alguns aspectos a qualidade prestada pelo Senai-ES, principalmente no que tange à infraestrutura, à logística, ao corpo pedagógico e ao acesso aos materiais educativos e todo know-how do Senai-ES. Contudo, percebemos como a lógica da teoria do capital humano está articulada ao discurso da empregabilidade. Constatamos também como o setor público apareceu apenas como forma de gerenciamento da Política, ficando a execução, em sua grande maioria, a cargo dos setores privados. Embora esse Programa tenha tido estreita relação com o mercado de trabalho, o que permitiu certa inserção profissional dos egressos, o número de evasão foi muito elevado. Acreditamos que esses programas podem servir de moeda de troca política e financeira, sendo que o Estado paga caro por uma educação profissional fragmentada e alienante, incapaz de fazer uma formação integral e emancipadora. Nessa direção, reafirmamos, que, no contexto da crise global, insere-se na lógica de solucionar a problemática da formação para o mercado por meio da criação do mercado da formação.

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