CONHECIMENTOS E CONCEPÇÕES DE PROFESSORES ACERCA DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Nome: ROSE MARY FRAGA PEREIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 29/01/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SONIA LOPES VICTOR Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRO BRAGA VIEIRA Examinador Interno
ANGELA MARIA CAULYT SANTOS DA SILVA Examinador Externo
EDUARDO AUGUSTO MOSCON OLIVEIRA Examinador Interno
REGINALDO CÉLIO SOBRINHO Examinador Interno
SONIA LOPES VICTOR Orientador

Resumo: Objetiva-se analisar os conhecimentos e as concepções de professores sobre o processo de alfabetização da criança com Deficiência Intelectual (DI). A abordagem histórico-cultural constitui a base teórica do estudo, tendo Vigotski e colaboradores como principais interlocutores. As discussões referentes ao processo de alfabetização como uma atividade histórico-cultural, que se fundamenta nos processos mentais superiores, traçados pelos referidos autores e colaboradores, delineiam o caminho percorrido na pesquisa. Trata-se de estudo de natureza qualitativa do tipo exploratório.
As entrevistas semiestruturadas e a análise de documentos representam ferramentas metodológicas importantes para a produção de dados. Dez escolas de Ensino Fundamental e dois Centros Municipais de Educação Infantil de Vitória/ES integram a pesquisa exploratória, tendo como participantes quinze docentes de Ensino Regular que atuam com crianças com DI no primeiro ano do Ensino Fundamental. A organização de dados em eixos temáticos possibilita sua apreciação e análise à luz do referencial teórico e da literatura atualizada sobre o assunto. Para tanto, há quatro eixos temáticos, a saber: conhecimentos de professoras alfabetizadoras de crianças de Ensino Fundamental de primeiro ano; concepções das professoras alfabetizadoras
de alunos de primeiro ano; práticas pedagógicas das professoras alfabetizadoras: uma análise do processo de alfabetização na sala de aula regular; processo de alfabetização da criança público-alvo da educação especial: o que dizem as professoras alfabetizadoras. Há destaque para a categoria “formação”, que perpassa e problematiza com mais profundidade os quatro eixos temáticos. Os resultados produzidos evidenciam, em relação aos conhecimentos, que a maioria das professoras participantes da pesquisa demonstram distanciamento dos estudos teóricos da época em que fizeram a graduação, privilegiando os conhecimentos práticos referentes à alfabetização. Em relação às suas concepções, conclui-se que muitas delas têm dificuldades para avaliar se um método ou uma metodologia é adequado ou adequada ao propósito da alfabetização de seus alunos ou não. Por isso, parecem preferir seguir muitos métodos ou muitas metodologias, pois ficam inseguras quanto ao conhecimento sobre eles ou elas; consequentemente, suas concepções, a respeito dos processos de alfabetização de alunos com Deficiência Intelectual e dos demais com ou sem deficiência, acabam sendo fragilizadas e pouco
consistentes, reverberando em suas práticas pedagógicas. A pesquisa indica ainda que muitas das professoras participantes se apoiam em várias teorias para a organização do processo de alfabetização, evidenciando, assim, pouco aprofundamento na apropriação do conhecimento, como também pouco direcionamento da intencionalidade e sistematização de sua mediação pedagógica para esse alunado e para os outros alunos. Ademais, os dados também mostram que o Município tem investido em formação para essas profissionais, todavia ainda parece incipiente essa formação ou necessita ser revista para atender as demandas da ação pedagógica, com vistas à garantia dos processos de alfabetização, principalmente, junto aos alunos público-alvo da educação especial com Deficiência Intelectual.

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