A CRIANÇA COM AUTISMO, A AFETIVIDADE E A BRINQUEDOTECA

Nome: EMILENE GOMES MONTEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/03/2020

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FERNANDA ZANETTI BECALLI Examinador Externo
IVONE MARTINS DE OLIVEIRA Orientador
JOSÉ FRANCISCO CHICON Examinador Interno
SONIA LOPES VICTOR Examinador Interno

Resumo: Este estudo teve como objetivo geral analisar a configuração da afetividade na
relação entre crianças com autismo e as outras crianças e os adultos em uma
brinquedoteca universitária. Como objetivos específicos, visou a: identificar as
situações vivenciadas na brinquedoteca que mais afetam a criança e como ela é
afetada por essas situações; analisar o contexto em que essas situações emergem e
analisar as intervenções educativas dos adultos, de forma a propiciar à criança
vivências lúdicas compartilhadas com outras crianças que potencializem o seu
desenvolvimento. O estudo embasou-se na psicologia histórico-cultural, no tocante
às contribuições do outro e ao papel da linguagem no desenvolvimento infantil,
sobretudo no que diz respeito à afetividade, bem como da mediação pedagógica. A
metodologia utilizada foi o estudo de caso e teve como procedimentos de coleta do
material empírico a observação participante, a entrevista e a análise de documentos.
Para a análise dos dados, foram utilizados princípios da análise microgenética. A
criança foco da análise deste estudo é um menino com diagnóstico de autismo, com
idade entre 5 e 6 anos no período referente à pesquisa de campo, que durou
aproximadamente dois anos corridos. Os eixos de análise tomaram como referência
acontecimentos que mais afetavam a criança, provocando nela manifestações de
contentamento e descontentamento. Assim, no que diz respeito às manifestações de
descontentamento, foram abordados dois aspectos: compartilhamento de
brinquedos com outras crianças e/ou adultos e situações em que seus desejos não
eram atendidos rapidamente. As manifestações de contentamento se apresentaram
diante de atividades lúdicas que envolviam música, do recebimento de elogios e da
presença da brinquedista, tendo em vista o vínculo afetivo com ela. A análise do
trabalho realizado aponta que as atividades lúdicas, acompanhadas de muitos
incentivos verbais, permeados de afeto e acolhimento da criança em suas
especificidades e singularidades, viabilizaram a ela o desenvolvimento de novos
recursos para interagir com os outros, associado a uma apropriação maior da
linguagem e um domínio maior de suas ações e de suas manifestações afetivas.

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