EDUCAÇÃO BICHA

Nome: JÉSIO ZAMBONI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 29/02/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXSANDRO RODRIGUES Examinador Interno
CARLOS EDUARDO FERRAÇO Examinador Interno
HELIANA DE BARROS CONDE RODRIGUES Examinador Externo
HENRIQUE CAETANO NARDI Examinador Externo
HIRAN PINEL Examinador Interno

Páginas

Resumo: Uma série de breves ensaios visa construir a bicha como uma personagem conceitual, para que se possa propor uma educação bicha. Os ensaios movimentam-se no sentido de fazer a bicha escapar à lógica identitária da representação, hegemônica nos movimentos de diversidade sexual. A filosofia da diferença de Gilles Deleuze funciona como um suporte para operar uma esquizoanálise da bicha, que é abordada como devir e como analisador que
possibilita pensar diferentemente. Apresenta-se o confronto da bicha com as personagens homossexual, gay e queer, construídas coletivamente. Foca-se o combate à bicha durante a emergência da figura do gay no Brasil do final da década de 1970. Neste momento, o conflito se instaurou nos planos acadêmico-científico, onde o conceito de bicha é preterido em relação
ao de homossexual ou gay, e político-cultural, de modo que os primeiros grupos homossexuais organizados no Brasil começam o ataque à bicha como estereótipo e preconceito. O percurso do pensamento onde a bicha se inscreve e se desenvolve, concentrando-se nos anos 1980, é traçado em torno das obras de Peter Fry, Néstor Perlongher, Herbert Daniel, Madame Satã e Waldo Motta. Promovem-se interferências nos conceitos de sexualidade e gênero. Propõe-se a produção da bicha por meio da interpelação como agenciamento de desidentificação. A produção histórica da travesti brasileira como bicha
prostituinte é discutida tendo como referência a batalha nas ruas feita escola da vida, ou seja, territórios coletivos de trabalho sexual onde acontece a formação da travesti pelo trabalho. Trata-se das tensões ou problemas constituintes da experiência travesti, recusando a perspectiva de uma compreensão coerente e lógica. Apresentam-se os anti-princípios que
marcam o percurso da pesquisa. Encerra-se a tese com um pequeno conjunto de narrativas que problematizam as práticas educacionais a partir da bicha.

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