Concepções de Cidade em Livros Didáticos de Estudos Sociais da Década de 1970

Nome: WAGNER SCOPEL FALCÃO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 10/12/2015

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ARNALDO PINTO JUNIOR Orientador
CLEONARA MARIA SCHWARTZ Examinador Interno
JUÇARA LUZIA LEITE Examinador Interno

Resumo: O objetivo principal desta dissertação é investigar e socializar reflexões sobre as concepções de cidade produzidas por livros didáticos de Estudos Sociais publicados pela Companhia Editora Nacional (CEN) durante a década de 1970 no Brasil. O presente trabalho é fruto de pesquisas que envolvem conhecimentos de diferentes áreas das Ciências Humanas, em especial da História, da Geografia e da Educação, buscando em suas análises elementos metodológicos a partir do materialismo histórico-dialético em uma geografia e em uma história marxistas (LACOSTE, 2008; BOURDÉ; MARTIN, 2012). Questões relativas à cultura escolar são abordadas nesta pesquisa, sobretudo no que se refere aos diferentes materiais didáticos utilizados por professores e estudantes, para a compreensão das questões educacionais (JULIA, 2001). Nessa direção, procuramos compreender o que são e como problematizar os livros didáticos, a fim de pensá-los como recursos didáticos, como elementos culturais e como mercadorias. Investigamos a história dos Estudos Sociais na educação brasileira, em especial suas principais transformações ocorridas durante os anos do Regime Ditatorial Militar brasileiro. Ademais, discutimos o que são as cidades, estudando-as sob a ótica do capital. A fim de alcançar os objetivos principais e compreender as concepções de cidades presentes nos livros didáticos de Estudos Sociais, optamos por selecionar oito livros didáticos publicados pela CEN no período recortado. Quanto às culturas escolares, os livros didáticos nos auxiliaram a compreender que os Estudos Sociais não impuseram um fim à Geografia e à História escolares, pois os conteúdos disciplinares geográficos e históricos estavam presentes de forma clara em todos os livros analisados. Foi possível constatar também que cinco dos livros possuíam suas narrativas históricas e geográficas em uma perspectiva progressista de cidade, da economia e de sociedade. Já em outros dois, as cidades da década de 1970 estão praticamente ausentes, o que reforça a perspectiva de uma obra didática de história, que estava voltada para questões do passado. Dentre os livros analisados, verificou-se que apenas um possui abordagens problematizadoras em relação às cidades, às Revoluções Industriais e ao discurso do progresso econômico e social

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