As Relações Grafofônicas na Provinha Brasil (2008-2012)

Nome: ROSALINA TELLIS GONÇALVES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 26/02/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CLEONARA MARIA SCHWARTZ Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLEONARA MARIA SCHWARTZ Orientador
FERNANDA ZANETTI BECALLI Examinador Externo
MOEMA LÚCIA MARTINS REBOUÇAS Examinador Interno
ROGÉRIO DRAGO Examinador Interno

Resumo: Este trabalho analisa o instrumento avaliativo Provinha Brasil, para investigar as relações grafofônicas que vêm sendo priorizadas e consideradas adequadas para avaliar a alfabetização de crianças no Brasil. Especificamente, trata da singularidade da temática, por meio da análise do documento utilizado como referencial para a elaboração dos testes da Provinha, mediante o exame das relações grafofônicas, objeto das questões nas provas. Procura averiguar também as vinculações do documento de referência e das questões grafofônicas às teorizações do campo da linguística. O estudo fundamenta-se em teóricos da linguística como Cagliari (1998, 1999, 2008), Teberosky (2000), Oliveira (2005), Lemle (2007) e Silva (2012). Caracteriza-se, metodologicamente, como uma pesquisa qualitativa de base documental. Assume a hipótese de que a Provinha Brasil, ao demarcar que concebe [...] a alfabetização como o desenvolvimento da compreensão das regras de funcionamento do sistema de escrita alfabética (INEP, 2012, p. 8), restringe, por meio de seus itens de questões, a avaliação da alfabetização apenas às relações grafofônicas tomadas como as mais simples do sistema de escrita alfabética. Conclui que as provas aplicadas no período de 2008-2012 privilegiam, nas questões, o reconhecimento de sílaba inicial das palavras, da letra inicial e o formato global da palavra. Evidencia, também nas questões, a preferência pela relação biunívoca entre fonemas e grafemas, tratando, em caráter de biunivocidade, outras relações grafofônicas que apresentam variação quanto ao valor posicional de letras que representam sons diferentes, sons representados por diferentes letras ou, ainda, letras que representam sons idênticos em contextos idênticos. As análises corroboraram a hipótese de investigação, uma vez que a Provinha, ao considerar as relações grafofônicas mais simples como elementos balizadores para aquilatar se uma criança, no Brasil, está ou não alfabetizada, institucionaliza essas relações como pré-requisitos para a entrada das crianças no universo da leitura e da escrita, desconsiderando a produção de conhecimentos no campo da Linguística e reduzindo de forma drástica a noção de alfabetização em suas diferentes dimensões.

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