A Formação do Tradutor-intérprete de Língua Brasileira de Sinais Como Intelectual Específico: o Trabalho de Interpretação Como Prática de Cuidado de Si

Nome: JOAQUIM CESAR CUNHA DOS SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 11/05/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUCYENNE MATOS DA COSTA VIEIRA-MACHADO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXSANDRO RODRIGUES Examinador Interno
HIRAN PINEL Examinador Interno
LUCYENNE MATOS DA COSTA VIEIRA-MACHADO Orientador
VANESSA REGINA DE OLIVEIRA MARTINS Examinador Externo

Resumo: Os intérpretes de Língua Brasileira de Sinais são profissionais que se tornaram necessários neste século XXI, fundamentais para a efetivação da inclusão do sujeito surdo. Sua atuação torna-se, portanto, imperativa, ganhando força de tal forma que, junto aos novos saberes constituídos em diferentes perspectivas e disciplinas sobre as Línguas de Sinais, tem emergido saberes teóricos sobre esses profissionais, garantido o status profissional. Caminhando nessa linha de discussão, esta pesquisa discute como os TILS, por meio dos rituais de passagem e aleturgias que garantem o status de profissão a essa função, se subjetivam a partir do ingresso neste campo como profissional. Destaca-se como pergunta central desta pesquisa: Quando o sujeito se subjetiva Tradutor-intérprete de Língua de Sinais como intelectual específico por meio dos rituais aletúrgicos? Para responder a tal questionamento, é utilizada a pesquisa narrativa em que depoimentos servem de base para entender os processos de ser e de vir a ser dos sujeitos deste estudo. Este estudo faz uma reflexão necessária quanto à atuação do intérprete no atual momento, conduzindo o olhar sobre esses profissionais, sendo usada como base para esses apontamentos a noção de intelectual específico, ferramenta teórico-metodológica de inspiração foucaultiana. Analisa-se as narrativas usando, as Tecnologias do Eu (LARROSA, 1994), mecanismos nos quais se produzem ou medeiam a experiência de si. O mecanismo ótico que através dele se determina e se constitui o que é visível dentro do sujeito para si mesmo. O mecanismo discursivo, que estabelece, constitui aquilo que o sujeito pode e deve dizer sobre si mesmo. O mecanismo jurídico, moral, onde o sujeito se julga a base das normas e valores sejam por ele estabelecidos ou não. O mecanismo da experiência de si, de acordo com a construção de si ao longo do tempo. E por último, o mecanismo prático que estabelece o que o sujeito pode e deve fazer consigo mesmo. Tendo em vista que a prática do cuidado de si é essencial no trabalho desse profissional, discute-se como ele contribui como intelectual específico, a fim de produzir as condições de possibilidades de práticas no trabalho de interpretação na educação de surdos.

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