TENSÕES E CONTRADIÇÕES NA IMPLEMENTAÇÃO DO PROEJA: HEGEMONIA E CONTRA-HEGEMONIA NO CONTEXTO DO PROJETO NEOLIBERAL E NEODESENVOLVIMENTISTA.
Nome: MIGUEL VINICIUS TEIXEIRA DA SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/07/2016
Orientador:
Nome | Papel |
---|---|
MARCELO LIMA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
MARCELO LIMA | Orientador |
EDNA CASTRO DE OLIVEIRA | Examinador Interno |
ANTONIO HENRIQUE PINTO | Examinador Externo |
Resumo: Este trabalho remete a um estudo acerca da implementação e institucionalização do PROEJA no Instituto Federal do Espírito Santo. Nesse sentido, busca problematizar as tensões e contradições que envolvem o processo de criação e implementação do PROEJA na rede federal, tendo em vista o papel do Estado na oferta de escolarização e de profissionalização. A pesquisa analisa a gênese do programa no governo Lula e sua continuidade no governo Dilma. Para tanto, a análise é, sobretudo política, tendo em vista o projeto neoliberal e neodesenvolvimentista. Com o intuito de propor uma discussão do objeto com base no Materialismo Histórico Dialético, entende-se que no seio da temática encontram-se inúmeras contradições baseado na relação dialética capital x trabalho. Dessa forma, realiza uma discussão
do PROEJA em sua historicidade no IFES, tendo sua base legal como ponto de
partida. A proposta metodológica é de natureza qualitativa, tendo o materialismo Histórico Dialético como princípio norteador, objetivando uma percepção marxista do problema. Assim, opta-se por três caminhos de análise: de forma inicial, a análise da documentação institucional do programa que inclui o marco legal e documentos relativos à sua implementação. O segundo caminho remete a uma pesquisa bibliográfica dos recentes trabalhos realizados acerca da temática. No terceiro caminho a ida a campo realiza-se entrevistas em profundidade com os sujeitos e gestores do PROEJA. Os resultados apontam para um programa que se constitui enquanto força contra-hegemônica no Instituto Federal do Espírito Santo, tendo em vista a tradição do trabalho em sua cultura escolar caracteriza-se por práticas seletivas meritocráticas e não inclusivas. Este contexto reflete diretamente na oferta
escolar revelando de tensões e contradições o PROEJA.