CORPOS EM REDE, INTERCORPOREIDADE E EDUCAÇÃO ESPECIAL EM MEIO À PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS: UMA ABORDAGEM FENOMENOLÓGICA
Nome: RUY ANTONIO WANDERLEY RODRIGUES DE MIRANDA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 12/07/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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HIRAN PINEL | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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JUCÉLIA LINHARES GRANEMANN DE MEDEIROS | Examinador Externo |
TEREZINHA PETRUCIA DA NÓBREGA | Examinador Externo |
ALEXANDRO BRAGA VIEIRA | Examinador Interno |
VITOR GOMES | Examinador Interno |
HIRAN PINEL | Orientador |
Resumo: Esta tese objetivou, a partir da noção de intercorporeidade, descrever
compreensivamente aspectos fenomênicos das percepções de profissionais da
educação básica, de uma estudante público-alvo da educação especial e de sua mãe
no vivido do corpo sensível, nas possibilidades de se enredar com outros corpos em
uma percepção da alteridade para constituir apoios necessários a uma educação
(especial) e inclusiva, em meio ao lockdown que se representa por medidas de
distanciamento e isolamento social nesta pandemia do novo Coronavírus. A pesquisa
se deu em uma unidade de ensino público comum de educação básica do município
de Vitória/ES. Destaca o conceito de intercorporeidade e foi realizada com base na
abordagem fenomenológica proposta pelo filósofo francês Maurice Merleau-Ponty,
que se baseia na experiência do vivido pelo corpo próprio em uma percepção sensível
do outro e das coisas do mundo. Como ferramentas para compreender o que se
mostra no vivido das pessoas da pesquisa, a tese lançou mão de aplicativos de
videochamadas, mensagens de texto e áudio, gravação das entrevistas e
depoimentos pessoais, possibilitando, no contexto de isolamento e distanciamento
social, uma imersão no lócus do fenômeno. Os resultados parecem evidenciar uma
percepção de si em uma tentativa de compreender o outro tanto na atuação
pedagógica dos profissionais da educação, quanto no vivido pela estudante e sua
mãe. Desvela diferentes percepções imbricados no corpo próprio de cada uma dessas
pessoas em suas buscas por outrem. Vem à lume com múltiplas de si e do outro que,
de modo indissociado, se complementam e ao mesmo tempo se contrapõem, como
alegria/tristeza, realização/decepção, saúde/doença e vida/morte, que carregam uma
preocupação em entender o que se mostra no corpo do outro, que habita em um
mesmo mundo, percebido com incertezas das coisas do mundo e do próprio corpo,
com seus únicos e inerentes percepções no vivido, em tempos de medidas de
distanciamento e isolamento social durante a pandemia do novo Coronavírus.