GALERIA DE ARTE E PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO: ARTICULAÇÕES ENTRE O CENTRO DE ARTES E A CIDADE DE VITÓRIA (1976 A 1995)
Nome: ANDREA APARECIDA DELLA VALENTINA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 30/08/2021
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| CLEONARA MARIA SCHWARTZ | Examinador Interno |
| MARIA CRISTINA CORREIA LEANDRO PEREIRA | Examinador Externo |
| MOEMA LÚCIA MARTINS REBOUÇAS | Orientador |
| REGINA HELENA SILVA SIMÕES | Examinador Interno |
| SANDRA REGINA RAMALHO E OLIVEIRA | Examinador Externo |
Resumo: Esta pesquisa elege como estudo a Galeria de Arte e Pesquisa da Universidade
Federal do Espírito Santo (GAP/Ufes) para compreender a sua inserção no espaço
acadêmico e as articulações que promoveu com a cidade de Vitória-ES e com a
educação. O recorte da investigação abrange do ano de instalação da GAP na Capela
1976 ao ano de mudança para o campus universitário 1995. Metodologicamente,
busca reconstituir o contexto histórico da Capela de Santa Luzia para compreensão
das mudanças e ressignificações desse espaço ao longo dos anos, por meio de um
resgate memorialístico dos acontecimentos de arte, educação e cultura. No percurso
metodológico, tomou como corpus investigativo: documentos verbais e escritos,
públicos e particulares, tais como testemunhos, os normativos e de gestão
administrativa do Centro de Artes da Ufes e da GAP/Ufes, convites, catálogos e livros
de presença da GAP/Ufes, periódicos da imprensa local, documentos visuais, tais
como fotografias e documentos audiovisuais, como documentários. Portanto,
caracteriza-se como uma pesquisa histórica e documental, pois articula o passado e
o presente, recuperando em documentos e testemunhos um passado não tão distante.
Teoricamente, sustentou-se nos estudos sobre história e memória de Le Goff (1998),
Pollack (1989) e Halbwachs (2006) e nos conceitos semióticos de intertextualidade e
de interdiscursividade de Landowski (1996) ao colocar em relação e diálogo um
corpus documental revelador de uma história coletiva e local. Os dados, unidos e
confrontados, revelaram que entre os anos de 1976 a 1988 ocorreram 138 exposições
e que de 1977 a 1992 o Acervo de obras da GAP foi exposto dez vezes ao público, a
última dela em 1992, dividido em três espaços: GAP, Gaeu e Pinacoteca da Biblioteca
Central. Assim, evidenciaram que a relação entre o espaço expositivo GAP, ao ocupar
a Capela de Santa Luzia, e o espaço educativo do CAR, ao exceder os limites
institucionais do campus, impulsionou as atividades educativas, artísticas e culturais
do CAR na Cidade de Vitória, num entrelaçamento entre a Arte e a Educação, entre a
história e a memória, vida acadêmica e social. Culminou também na instauração de
uma Coleção de Arte Universitária que foi montada a partir do acervo da GAP/Ufes,
que de 1976 a 1988 reuniu em torno de 235 obras de arte de diferentes técnicas
