VIVÊNCIAS FORMATIVAS COM A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Nome: MARIA NILCEIA DE ANDRADE VIEIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 30/08/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
VALDETE CÔCO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CATARINA DE SOUZA MORO Examinador Externo
GEIDE ROSA COELHO Examinador Interno
VALDETE CÔCO Orientador
VANESSA FERRAZ ALMEIDA NEVES Examinador Externo
WAGNER DOS SANTOS Examinador Interno

Resumo: Esta tese integra o conjunto de estudos do Grupo de Pesquisa “Formação e Atuação de Educadores” (Grufae) e vincula-se à linha de pesquisa “Docência, Currículo e Processos Culturais”, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo. Situa-se no campo da educação infantil e tematiza a avaliação institucional articulada à formação docente. Como campo problemático, indaga acerca de como se constituem vivências formativas em movimentos de avaliação institucional na educação infantil e tem por objetivo geral compreender a constituição dessas vivências com o ato avaliativo em uma instituição pública de educação infantil na rede municipal de ensino de Vitória, no Espírito Santo. Ancora-se em referenciais teórico-metodológicos bakhtinianos e freireanos, em diálogo com estudos das pesquisadoras italianas Bondioli e Savio, direcionados à dimensão formativa da avaliação de contexto, e de Ball e Mainardes, relacionados à abordagem do ciclo de políticas. No escopo de uma abordagem qualitativa, assume metodologia de pesquisa narrativa de tipo investigação-formação, fundamentada em uma perspectiva sócio-histórica, com procedimentos de análise documental, aplicação de questionário, observação participante e produção de narrativas por tema/eixos de narração. As análises dos documentos evidenciam disputas no campo das políticas educacionais em âmbito nacional e local, visto que alguns textos respaldam a avaliação institucional e a formação continuada na educação infantil em uma perspectiva participativa, e outros explicitam medidas regulatórias e controladoras sobre essas questões. No contexto da instituição, o desenvolvimento de diferentes ações para a realização da avaliação institucional mobiliza professoras e trabalhadoras no propósito de propiciar a participação de todos os sujeitos. As análises também assinalam contradições e proposições enunciadas pelas participantes em relação ao instrumento e à dinâmica da avaliação, bem como indicam ressonâncias da ação avaliativa relacionadas à formação continuada, à gestão e às práticas pedagógicas, inclusive no trabalho desenvolvido em meio à pandemia causada pela Covid-19. Conclui-se, portanto, que as vivências formativas de professoras e trabalhadoras da educação infantil com a avaliação institucional se constituem em intensos movimentos dialógicos que envolvem: tensões no contexto de produção de textos da política educacional e no reconhecimento das trajetórias de constituição dessas políticas em âmbito local; movimentos de exercício constante da gestão democrática; desafios e possibilidades de participação das famílias e das crianças e bebês; interlocução com distintos posicionamentos dos sujeitos partícipes desse movimento avaliativo, conforme suas concepções e seus pontos de vista sobre a avaliação, a formação, as crianças e a qualidade da educação. No conjunto dessas análises, defende-se a tese de que, em um contexto marcado por políticas regulatórias de avaliação, a constituição dessas vivências formativas pode fortalecer as ações de formação continuada desenvolvidas na instituição e contribuir no enfrentamento às ameaças de avaliação das crianças com testes padronizados e de subordinação da formação docente aos resultados dessas avaliações.

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