PROCESSOS DE APROPRIAÇÃO DE LEITURA E ESCRITA DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: UMA APOSTA NA MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA

Nome: ALICE PILON DO NASCIMENTO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 30/09/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
DENISE MEYRELLES DE JESUS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRESSA MAFEZONI CAETANO Examinador Interno
DENISE MEYRELLES DE JESUS Orientador
IVONE MARTINS DE OLIVEIRA Examinador Interno
LUCÉLIA CARDOSO CAVALCANTE RABELO Examinador Externo
ROSANA CARLA DO NASCIMENTO GIVIGI Examinador Externo

Resumo: Esta pesquisa de doutorado analisou os processos de apropriação de leitura e escrita
de alunos com deficiência intelectual, matriculados no ciclo de alfabetização de uma
escola comum da rede municipal de Ensino de Vitória, no ano de 2019. Estudar a
apropriação de leitura e escrita tem sido um grande desafio na educação, haja vista o
quantitativo de alunos que não se apropriaram deste conhecimento que tem como
função primeira o processo de humanização. O estudo se ancorou nas perspectivas
da psicologia histórico-cultural e da pedagogia histórico-crítica, assumindo o caráter
intencional e sistematizado de ensino como condição sine qua non para a
aprendizagem e desenvolvimento dos discentes. Concentrou-se em abordar a
importância da perspectiva de ensino elaborado pela pedagogia histórico-crítica,
tendo em vista os processos de cada aluno. Nesse sentido, a necessidade de
compreender a zona de desenvolvimento real e a iminente são princípios basilares
para o trabalho educativo que se fundamenta pela via da mediação pedagógica. Com
objetivo de ampliar as lentes do fenômeno, o trabalho produziu uma análise do Plano
Nacional de Educação com vistas a discutir a interface Educação Especial –
alfabetização. Ancorada na pesquisa-ação, permitiu uma construção dialógica da
prática docente para que as crianças, principalmente aquelas com deficiência, se
apropriassem da leitura e da escrita. Vale destacar que foi analisado/valorizado o
processo. Os estudantes, com o mesmo diagnóstico, estavam em momentos
diferentes no que diz respeito às aprendizagens e ao desenvolvimento. Sendo assim,
optou-se por fundamentar o ensino em busca do desenvolvimento das funções
psicológicas denominadas de “pré-história da escrita” com um discente e com a outra
uma ação mais diretiva para o desenvolvimento das funções escrita e leitura. Nota-se
que os estudantes precisavam de investimentos pedagógicos mais sistematizados
para que o objetivo fosse alcançado. Observa-se, frente ao vivenciado na escola, que
o adulto se configurou como importante destaque nos processos dos alunos, todavia
evidencia-se, também, a participação do par, dos colegas de classe. Com vistas a
atingir tal objetivo, o estudo faz uma problematização sobre a necessidade de
fortalecer a articulação dos profissionais da Educação Especial com os regentes de
classe. Para este último ponto, foram levantadas as questões referentes à formação
continuada, bem como as condições de trabalho docente. O estudo atrela o avanço
de desenvolvimento de funções psíquicas mais elaboradas tais como a leitura e a
escrita a três movimentos. O primeiro volta-se para a necessidade do
desenvolvimento de outras funções psíquicas – em uma perspectiva dialética – tais
como a linguagem, a percepção e a atenção voluntária. Toma-se por base a função
do docente em todo o processo. Para este último ponto, é imprescindível a atuação
do Estado, com vias a garantir condições de trabalho e políticas públicas. Os três
pontos devem imbricar-se dialogicamente.

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