CAPIXABANDOS
E CONVERSAÇÕES E JURISPRUDÊNCIAS EM FRENTE À PRESCRIÇÃO
CURRICULAR NO ESPÍRITO SANTO: O CONGO COMO MÁQUINA DE GUERRA
NÔMADE

Nome: LUCAS BORGES SOEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/07/2022

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLOS EDUARDO FERRAÇO Orientador
MARCO ANTONIO LEANDRO BARZANO Examinador Externo
ROSIANNY CAMPOS BERTO Examinador Interno

Resumo: Esta pesquisa tem a intenção de inventar com uma escola pública micropolíticas e
jurisprudências que tentam subverter os determinismos das prescrições “Base Nacional
Comum Curricular” (BNCC) e “Currículo do Espírito Santo” (CES), produto da Base no
contexto capixaba. Como referencial teórico-epistemológico, aposta nos estudos dos
cotidianos de Certeau , principalmente, para entender os usos que os professores têm feito das
prescrições curriculares supracitadas. Valora a força criativa e imanente da diferença,
utilizando Deleuze e Guattari como intercessores teóricos que nos fazem pensar a escola e
seus escapes como modelos arbóreos , principalmente, quando nos possibilitam delirar com a
potência dos signos, daqueles que insistimos em chamar de signos capixabas . Estes aparecem
na pesquisa como disparadores que evocam a força das produções culturais de resistência dos
povos originários e negros diante dos absurdos impostos nos processos colonizadores. Nessa
brecha é que nos valemos dos signos capixabas , sobretudo, do Congo, como política
inventiva , como uma Máquina de Guerra Nômade que convoca o povo capixaba a resistir,
criar e alcançar uma dimensão artística perante as perversidades da Máquina de Estado que se
instaura desde 1535 no território espírito-santense. Nesse jogo, personagens conceituais são
colocados por entre as linhas da escrita para nos fazer pensar nas ressonâncias que tomam
nossos corpos em frente às disputas curriculares dos movimentos instituído-instituintes.
Trata-se dos capixabandos e das onças. Como marco-metodológico, este estudo aposta na
dimensão político-epistemológico-inventiva das pesquisas com os cotidianos , que advogam a
favor dos capixabandos por não conceberem os capixabas como passivos, dóceis ou
submissos, mas como aqueles que produzem políticas de currículos e nos ajudam a nos afastar
dos estados da onça que tentam eclodir em nossos corpos durante este trabalho. Esta pesquisa
acena para a existência de um movimento jurisprudencial que há nas escolas porque as onças
legisladoras e os esturros colonizadores das normatizações acabam por tentar matar as vidas
com limitações, generalidades e intencionalidades a serviço do capital. Assim, as
jurisprudências demarcam a indispensabilidade das conversas cotidianas para decisões de
ação pela vida, levantando o poder instituinte, cujo povo é titular, como sugestão, inclusive,
da prescindibilidade de prescrições curriculares e de escritos eivados de morte.

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