POLÍTICAS DE ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS (1945-1965):
DISCURSOS DA UNESCO

Nome: POLYANNA SILVA GORONCI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/06/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Orientador
EDNA CASTRO DE OLIVEIRA Examinador Interno
FERNANDA ZANETTI BECALLI Examinador Externo

Resumo: Este trabalho intenta compreender os discursos da Unesco sobre alfabetização de
adultos no período de 1945 a 1965. Adota a perspectiva de linguagem bakhtiniana,
que é enunciativo-discursiva, materializando-se nos múltiplos contextos de interação
verbal. Dialoga com três concepções: de História (LE GOFF, 1990), compreendida
como movimento, recorrendo ao passado para buscar, nos contextos sociais e
culturais, os fios condutores, tanto dos discursos quanto das práticas que
permanecem no presente; de política (BALL, 2011; FIORIN, 2009, 2020), que carrega
a noção de ideologia dominante, subjaz ao contexto do tempo histórico em que é
aplicada ou desenvolvida, está essencialmente vinculada às vozes autorizadas que
circulam socialmente, retroalimenta-se na vida cotidiana por meio do dialogismo
ininterrupto e é encarnada por sujeitos ativos; e de alfabetização (GONTIJO, 2002,
2007, 2008, 2014), que concebe o processo de apropriação da leitura e da escrita
como uma prática sociocultural que deve ser, desde o início, responsável por
proporcionar a constituição de sujeitos que compreendam a realidade em que vivem,
considerando todas as suas contradições, e nela tenham condições de intervir, por
meio de reflexões e ações responsivas e não reprodutivas. Fundamenta-se,
teoricamente, nos seguintes autores: Bakhtin (2005, 2009, 2011, 2020), Freire (2011),
Geraldi (2004, 2010, 2011, 2013, 2018), Goulart (2013) e Ponzio (2010). Aporta,
metodologicamente, as orientações da abordagem qualitativa sob orientação sóciohistórica, por meio da pesquisa documental (FREITAS, 2002, 2003; GIL, 2009).
Conclui que os países mais empobrecidos estruturaram suas políticas internas na
área da educação, ancorando-se nas resoluções dos Organismos Internacionais, por
motivos que permeiam o financiamento e a direção de uma lógica global de formação
de mão de obra adaptada ao mercado. No caso específico desta pesquisa, as
campanhas e programas de alfabetização de adultos que foram implementadas no
Brasil e em outros países nos anos de 1945 a 1965 tiveram influências políticas e
pedagógicas da Unesco.

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