O COMITÊ DE EDUCAÇÃO DO CAMPO DO ESPÍRITO SANTO: SUJEITO
COLETIVO DE DIREITO CONSTITUÍDO NA PRÁXIS

Nome: MARIA GEOVANA MELIM FERREIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 06/10/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
EDNA CASTRO DE OLIVEIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLARICE APARECIDA DOS SANTOS Examinador Externo
DEBORA MONTEIRO DO AMARAL Examinador Externo
EDNA CASTRO DE OLIVEIRA Orientador
ELIZA BARTOLOZZI FERREIRA Examinador Interno
SALOMÃO ANTÔNIO MUFARREJ HAGE Examinador Externo

Resumo: A tese defendida nesta pesquisa tem como tema a experiência do Comitê de
Educação do Campo do Espírito Santo (Comeces) em que buscamos investigar: Que
desafios, contradições e ações de resistência têm envolvido o Comeces nas lutas em
defesa e fortalecimento da Educação do Campo do Espírito Santo, nos últimos 14
anos? Objetivou analisar as ações que foram assumidas no âmbito das lutas frente
aos desafios e contradições que emergiram no processo de consolidação do
Comeces, ressaltando as possibilidades de fortalecimento da formação da classe
trabalhadora do campo. Partimos da hipótese de que o Comeces se constitui como
espaço fundamental na formação e luta do movimento da Educação do Campo no ES.
O aporte teórico que subsidia esta pesquisa dialoga com o pensamento de Florestan
Fernandes, Paulo Freire, em conexão com a Educação Popular e a Educação do
Campo, com Roseli Caldart e Derli Casali, dentre outros. A opção metodológica pela
sistematização de experiências como metodologia de pesquisa do campo da
Educação Popular, em diálogo com Alfredo Guiso, Raul Mejía e Oscar Jara,
possibilitou sistematizar a práxis do Comitê, a partir das suas dimensões de atuação,
na perspectiva da pesquisa militante com Breno Bringel. Contou com a participação
de sujeitos representantes dos movimentos sociais, populares e sindicais e sociedade
civil, que integram o Comitê. A base empírica envolveu a análise de documentos
produzidos pelo Comeces, registros de diário de bordo, dados levantados no
questionário e na roda de conversa. Os resultados indicam que o Comeces se constitui
um sujeito coletivo de direito e como espaço formador e indutor da política, na
promoção de ações concretas de intervenção na transformação da realidade que vem
produzindo, ao longo de sua existência, ações de resistência aos processos de
fechamento de escolas, exercendo pressão sobre órgãos públicos pela garantia e
efetivação de direitos, que o colocam no patamar de um intelectual orgânico coletivo
das camponesas e dos camponeses, em sua inspiração gramsciana. Evidencia, a
partir de suas contradições, a produção de conhecimentos e indicadores sobre a
realidade da educação do campo no ES, que se constituem referências para
formulação de políticas e fortalecem os processos formativos das comunidades.

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