Juventude, Violência Simbólica e Corpo: desvelando relações de poder no cotidiano escolar

Nome: FABÍOLA DOS SANTOS CERQUEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 24/05/2010

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANTONIA DE LOURDES COLBARI Examinador Interno
DIRCE DJANIRA PACHECO E ZAN Examinador Externo
LUÍZA MITIKO YSHIGURO CAMACHO Orientador
VÂNIA CARVALHO DE ARAÚJO Examinador Interno

Resumo: Este trabalho objetiva investigar as relações entre juventude, padrão do corpo perfeito e violência simbólica no ambiente escolar, relações que merecem atenção, principalmente se forem levados em consideração os constantes esforços da mídia em reforçar os modelos de corpo perfeito, excluindo todos os que fogem à fôrma. Privilegia a discussão do corpo na perspectiva da cultura, numa abordagem antropológica, visando a perceber a relação desse corpo com os processos de sociabilidade juvenil, no ambiente escolar, sobretudo sua relação com a manifestação da violência. Toma como sujeitos da pesquisa jovens alunos(as) das três séries do Ensino Médio Básico, de uma escola da Rede Pública Estadual da cidade de Vitória/ES. Adota um estudo de caso do tipo etnográfico, combinando as seguintes técnicas para coleta dos dados: aplicação de questionário, observação, registro minucioso em diário de campo, grupos focais e entrevistas individuais semiestruturadas. Observa que jovens são cotidianamente discriminados(as), ridicularizados(as) e rejeitados(as), sobretudo pelos(as) próprios(as) colegas, por não se encaixarem nos padrões de corpo perfeito. Constata que esse processo de discriminação é reforçado pela escola e pelos(as) profissionais que lá estão quando negligenciam tal conduta, quando não problematizam ou mesmo quando não dão o atendimento adequado aos sujeitos vítimas de tais exclusões, permitindo que atitudes dessa natureza se repitam continuadamente. Constata ainda que as estratégias utilizadas por esses(as) jovens são bem variadas: há os(as) que se isolam na tentativa de se tornarem invisíveis aos olhos alheios, os(as) que agridem, os(as) que levam na brincadeira e há também quem não aguente a pressão e prefira abandonar a escola. Dialoga com os(as) seguintes autores(as): José Machado Pais, Mario Margulis, Luiza Mitiko Yshiguro Camacho, Juarez Dayrell, Pierre Bourdieu, Marilena Chaui, Michel Foucault, Claude Fischer, José Carlos Rodrigues, Everardo Rocha, entre outros(as).

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