Pintando Borboletas: processos educativos dos alunos ciganos

Nome: ANA KÁTIA PEREIRA PINTO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/08/2010

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ERCILIA MARIA ANGELI TEIXEIRA DE PAULA Examinador Externo
IVONE MARTINS DE OLIVEIRA Orientador
LUÍZA MITIKO YSHIGURO CAMACHO Examinador Interno

Resumo: Este estudo tem como objetivo conhecer os processos educativos dos alunos ciganos. O trabalho de pesquisa desenvolve-se a partir da proposta de se conhecer a cultura deste povo para que suas especificidades sejam consideradas. Assim, tem como definição metodológica o estudo do tipo etnográfico. A pesquisa, pautada na observação foi desenvolvida em dois acampamentos ciganos (Acampamento Mar e Acampamento Terra) e em duas escolas (CEI Prata e Escola Ouro), ambos no Município de Fundão, ES. Nesse sentido, buscou fundamentação em autores de áreas afins (Sociologia e Antropologia) como MALINOWSKI, BOAS, GEERTZ, ELIAS, JONES. Para registro das observações foram utilizados o diário de campo e a máquina fotográfica. Ao buscar conhecer a cultura, apóia-se nos pressupostos teóricos de CANCLINI, ANDRÉ, MELLO, BORGES. Dialoga ainda com autores que fundamentam os estudos sobre as práticas educativas como BRANDÃO, MANTOAN, MARTINS. Nesse movimento busca também fundamentação em autores portugueses como COSTA, CARDOSO, PEREIRA e FERNANDEZ que subsidiam as reflexões suscitadas ao longo do estudo sobre os processos educativos dos ciganos, já que a literatura brasileira apresenta-se escassa em estudos sobre este tema. Buscando construir mais possibilidades de discussão aborda também os escritos das autoras ciganas RUDANA e BATULI. O estudo está organizado em seis capítulos, que apresentam: o referencial teórico sobre o tema de estudo e a proposta metodológica, a cultura dos ciganos, o desenvolvimento da pesquisa, a observação no Acampamento Mar, no Acampamento Terra, na Escola Ouro e no CEI Prata, as discussões sobre os processos observados e as considerações finais. Como resultado, conclui que a cultura dos ciganos não é considerada em seus processos educativos na escola. Interpreta que isto decorre de alguns fatores, como: desconhecimento dos educadores sobre a etnia cigana, práticas educativas formatadas, cristalizadas, pautadas no modo de vida da maioria não-cigana. Evidencia ainda as mudanças na cultura dos ciganos capixabas e as implicações destas na escolarização dos mesmos.

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