Foucault, Lévinas e Marx em leituras sobre a escola no cuidado de si de pessoas com deficiência

Nome: FABIANA ALVARENGA RANGEL
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 12/03/2012
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
SONIA LOPES VICTOR Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
SONIA LOPES VICTOR Orientador
SANDRA SOARES DELLA FONTE Examinador Externo
ROMUALDO DIAS Examinador Externo
RAFAEL HADDOCK LOBO Examinador Externo
EDNA CASTRO DE OLIVEIRA Examinador Interno

Páginas

Resumo: A pesquisa teve por objetivo conhecer como acontece o cuidado de si de pessoas com deficiência, mais especificamente na relação escolar, atentando para as possíveis reconfigurações na formação subjetiva dessas pessoas e também para a interposição do mestre entre essa formação e o cuidado. Para tanto, entre os anos de 2009 e 2010, na região metropolitana do Espírito Santo, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com dois jovens com deficiência, suas mães e suas mestras do cuidado; e foram aplicados questionários aos profissionais das escolas onde os jovens estavam matriculados. A pesquisa, de cunho qualitativo, recorreu a estudos dos filósofos Michel Foucault, Emmanuel Lévinas e Karl Marx, no intuito de aclarar as discussões provenientes do problema da pesquisa e da leitura dos dados obtidos junto aos entrevistados. No processo, observou-se que a formação subjetiva própria ao cuidado de si daqueles jovens se mostrava fortemente atravessada por entrelaçamentos historicamente construídos entre educação e trabalho. Nesse aspecto, foi possível compreender que a escola se apresentava como espaço privilegiado do cuidado de si, porquanto fosse o espaço de formação do sujeito produtivo, o sujeito ideal da normalidade. Todavia, notou-se que, para a realização do cuidado a partir do espaço escolar, era preciso a mão responsável do mestre do cuidado, sem a qual os direitos do homem egoísta apelavam à totalidade da deficiência e à plenitude da Inclusão para recusar a presença de pessoas com deficiência na escola, dessa maneira assassinando seus rostos. Com isso, tem-se a necessidade da transcendência das totalidades nas quais se assentam o normal e o anormal, de modo que as relações que iniciam o problema da tese possam alcançar a ética da alteridade, e que o sujeito produtivo possa, na ética, tornar-se e fazer tornar o cidadão.

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