O Processo de Alfabetização de uma Criança Com Deficiência Intelectual no 1º Ano do Ensino Fundamental

Nome: GUIDA MESQUITA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 02/06/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ROGÉRIO DRAGO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Examinador Interno
DILZA CÔCO Examinador Externo
IVONE MARTINS DE OLIVEIRA Examinador Interno
ROGÉRIO DRAGO Orientador

Resumo: O trabalho analisa como acontece a alfabetização de uma criança com deficiência intelectual matriculada no 1º ano do ensino fundamental. Observa o trabalho pedagógico efetivado regularmente em sala de aula comum sobre a alfabetização e como acontece o Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Sala de Recursos Multifuncionais. Utiliza uma metodologia de natureza qualitativa com um estudo de caso do tipo etnográfico para observar o cotidiano escolar da criança. A perspectiva teórica adotada neste estudo está fundamentada nos pressupostos de Bakhtin, que defendeu uma abordagem dialógica, e nos estudos de Vigotski, que aborda as questões da aprendizagem por meio da mediação com o outro, contemplando, também, outros autores que trazem uma abordagem histórico-cultural, tecendo seus discursos sobre a educação especial e alfabetização. A coleta de dados ocorreu por meio de observação participante, entrevistas com os sujeitos envolvidos na pesquisa, registros em diário de campo, fotografias, análise de documentos da escola, laudo do sujeito com deficiência intelectual e de relatório dessa criança. Com essa análise, foi observado que a criança faz as atividades de leitura e escrita acompanhada pelo professor e pela estagiária, identifica e escreve o seu nome, reconhece as letras do alfabeto, sabe contar história dos livros fazendo leitura de imagens, realiza atividades no caderno e livro didático, participa de todos os eventos, ler e escreve algumas palavras. A Sala de Recursos Multifuncionais contribuiu muito na aprendizagem de Estrelinha, sujeito deste estudo. A diferenciação curricular faz parte dos principais indicadores na efetivação da inclusão e, consequentemente, na aprendizagem. Existia um elo de comunicação entre profissionais de sala comum e de SRMs, portanto as atividades continuavam sendo trabalhadas no AEE, mas de forma diferente, utilizando outros materiais. Constata que o AEE é um espaço legítimo de aprendizagem dos conhecimentos culturais pela criança com deficiência intelectual, dentre eles, a linguagem escrita. Em sala de aula, ela acompanha utilizando a oralidade para interagir em todas as atividades, participa das atividades coletivas, responde às perguntas feitas pelo professor, mas, quando precisa escrever o que já aprendeu, ainda requer um tempo maior para finalizar a tarefa e precisa de orientação individual do professor,
estagiária ou da professora do AEE. Todo o trabalho educativo dos profissionais envolvidos contribuiu para que a criança conseguisse obter os resultados de leitura e escrita relatados, mas, se houver continuidade no acompanhamento dessa criança, novos avanços surgirão até o momento de sua produção individual com autonomia. Os resultados mostram que a participação do outro no processo de apropriação da leitura e da escrita contribuiu no desenvolvimento intelectual dessa criança no que diz respeito à sua participação nas atividades, na percepção, no raciocínio, na fala, na escrita, na interação com o grupo e no seu relacionamento com as pessoas.

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