A TRAJETÓRIA HISTÓRICA DOS MODELOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL DO ESPÍRITO SANTO (1952-2002)
Nome: ZILKA SULAMITA TEIXEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 14/06/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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MARCELO LIMA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANTONIA DE LOURDES COLBARI | Examinador Externo |
ANTONIO HENRIQUE PINTO | Examinador Externo |
MARCELO LIMA | Orientador |
REGINA HELENA SILVA SIMÕES | Examinador Interno |
Resumo: Neste trabalho, analisamos a trajetória histórica dos modelos de formação profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Espírito Santo de 1952 a 2002. Operando com o pensamento crítico, de base marxista, empreendemos uma reconstrução histórica baseada na pesquisa bibliográfica e análise documental. Nossas principais fontes foram os relatórios do Senai-ES (1955-2002), materiais de formação docente (FAI, FOFO, PETRA e FPBC) e registros escolares do período. Dialogamos, também com Alves e Vieira (1996), Bologna (1980), Bennett (2015), Bryan (1983 e 1992), Fonseca (1986), Muller (2009); Cunha (2000a, b e c), Fonseca (1986), Lima (2007), Medeiros (1987), Moraes (2003), Muller (2009) e Zuchi (2012). O esforço historiográfico em tela nos permitiu analisar as principais permanências e descontinuidades dos modelos pedagógicos do Senai-ES, gerando uma periodização que buscou apresentar historicamente a implementação dos modelos de formação baseados na Série Metódica Ocupacional (SMO) no período de 1952 a 1992. Desse modo, movendo-se do modelo monotécnico sem formação geral para menores (1952-1959), passando pela consolidação dos modelos multitécnico com formação geral para menores e monotécnico para jovens e adultos (1960-1981), no período de 1981 a 1992, a instituição experimenta um declínio da formação mais ampla para uma formação mais estreita, inclinando-se ao modelo monotécnico sem educação geral. Nos anos de 1990, o Senai, admitindo a crise de seu modelo educacional centrado no aprender fazendo (SMO), vai incorporar, inicialmente, com o Modelo Petra e, posteriormente e definitivamente com a Formação Baseada em Competências (FPBC) em 2002. Pela pesquisa, no entanto, concluímos que esse movimento se voltou mais para questão do financiamento e para busca pelo atendimento acelerado às demandas empresariais do que por questões pedagógicas. Para tanto, a instituição desloca o centro de sua didática do conceito de qualificação para a noção de competências, do conceito de formação para o mercado para o mercado da formação, esvaziando o projeto de um ensino para o emprego e assumindo o ensino para empregabilidade.