A LÍNGUA PRÓPRIA DO SURDO: A DEFESA DA LÍNGUA A PARTIR DE UMA SUBJETIVIDADE SURDA RESISTENTE
Nome: GABRIEL SILVA XAVIER NASCIMENTO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 12/07/2019
Orientador:
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Papel |
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LUCYENNE MATOS DA COSTA VIEIRA-MACHADO | Orientador |
Banca:
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Papel |
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EDNA CASTRO DE OLIVEIRA | Examinador Interno |
LUCYENNE MATOS DA COSTA VIEIRA-MACHADO | Orientador |
MARCIA LISE LUNARDI LAZZARIN | Examinador Externo |
PEDRO HENRIQUE WITCHS | Examinador Externo |
REGINALDO CÉLIO SOBRINHO | Examinador Interno |
Resumo: A língua própria do surdo: a defesa da língua a partir de uma subjetividade surda resistente aqui apresentada, trata-se de uma pesquisa que abrange educação de surdos e língua de sinais, cujo objetivo geral é investigar o que se toma por status de língua e língua de sinais no contexto nacional, assumindo uma perspectiva investigativa arqueológica da Libras como língua propriedade de um determinado grupo. Constitui-se em uma pesquisa bibliográfica-documental, tomando como corpus de análise documentos históricos, especialmente as atas do Congresso de surdos de Paris -1900, e obras clássicas que fundamentaram as pesquisas brasileiras nas duas últimas décadas considerando duas frentes: língua de sinais e cultura surda. O referencial teórico-metodológico baseia-se nas obras de Michel Foucault, empregando como ferramenta teórico-metodológica a matriz de experiência e os eixos do saber, poder e ética como lentes de análise. Revisitar o passado em uma perspectiva arqueológica se mostra uma questão pertinente para compreendermos as práticas discursivas que tomam forma em nosso tempo. Dado o terreno de disputa entre a Libras e a Língua Portuguesa, hoje estabelecido numa relação de fronteiras, propomos uma discussão sobre até que ponto reduzir a língua como posse de uma comunidade específica a deixa vulnerável ou a fortalece quando se almeja em algum ponto alcançar um modo de organização social bilíngue. As reflexões nos permitem descortinar uma terceira via de defesa da língua, paralela aos estudos linguísticos e culturais, produzindo uma forma de subjetividade surda resistente que pode incorrer no risco de sugerir modos de vida monolíngue na contramão dos movimentos bilíngues e do reconhecimento social da Libras.