CARTAS-tESE BIOGRAFEMÁTICAS
A SAÚDE DOCENTE ESCRITA A MUITAS MÃOS
Nome: DENISE CARLA GOLDNER COELHO
Data de publicação: 10/06/2024
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| CARLOS EDUARDO FERRACO | Examinador Interno |
| FERNANDA SPANIER AMADOR | Examinador Externo |
| LUZIANE DE ASSIS RUELA SIQUEIRA | Examinador Externo |
| ROSIMERI DE OLIVEIRA DIAS | Examinador Externo |
Resumo: Esta é uma tese-carta e, também, Cartas-tese realizada com docentes de uma Instituição Federal
de Ensino e tem como direção metodológica a troca de cartas entre esses/as trabalhadores/as.
Apresenta uma metodologia de análise da atividade docente por meio de um método
conversante, pautado na proposta biografemática de Roland Barthes. Parte do entendimento de
que uma escrita transforma o vivido, o visto, o ouvido “em força e em sangue”1
. Opera a passagem dos conhecimentos, discursos etc. em princípios de ação, em modos de ser. Essa
direção de pesquisa em Clínica da Atividade inova os tradicionais métodos nesse campo
pautados em análises de fotos e vídeos, uma vez que a troca de cartas viabiliza o dialogismo,
que é um importante, talvez, fundamental, princípio metodológico dessa clínica. "Cartas-tese
biografemáticas: a saúde docente escrita a muitas mãos" tem por objetivo analisar os
movimentos de (re)existência de professores/as do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus
Serra na e pós-pandemia Covid-19, quando os modos de trabalho sofreram modificações
importantes. A estratégia metodológica biografemática, redigida em cartas, em primeira pessoa,
endereçadas para uma segunda, atribui às missivas fragmentação, recortes abruptos,
intermitência erótica, investidas de criação desse método conversante. As Cartas-tese – Cartas
com C maiúsculo e tese com t menor – fundam uma tese que não se alia ao conhecimento
neutro, objetivo e com separação entre sujeito-objeto da Ciência. O C maiúsculo nesta tese é a
Carta como método de análise da atividade docente. Nesse sentido, a tese é menor, no conceito
deleuziano, pois abraça ética e politicamente a processualidade dos movimentos que os
docentes engendram no seu cotidiano por meio de conversas. As cartas estão divididas em
Blocos de Sensações, sem definir qualquer linearidade ou completude entre eles, podendo o
leitor transitar por onde lhe for mais atraente. Em Conversa com Barthes, Foucault, Clot e
Canguilhem, esta pesquisa busca elementos conceituais que contribuam para análise da
atividade de trabalho de professores e professoras do Ifes – Campus Serra. A tese é atravessada
pela ficção, alinhavada nas conversas com uma personagem criada também como estratégia
metodológica: Sra. Docência. A metodologia conversante provoca nos professores e nas
professoras aberturas para a criação no trabalho, ampliando o poder de agir desses/as
trabalhadores/as no Ifes – Campus Serra.
