ESCOLAS DO/NO CAMPO E “NOVO ENSINO MÉDIO”: RETROCESSOS E LUTA
Nome: KAROLLINE SCHIMMELPFENNIG NEITZEL KUNSCH
Data de publicação: 27/03/2025
Banca:
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Papel |
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CHARLES MORETO | Examinador Externo |
EDNA CASTRO DE OLIVEIRA | Examinador Interno |
Resumo: Tendo em vista a Educação do/no Campo no contexto da Reforma do Ensino Médio
de 2017, este estudo indaga sobre as contradições que têm sido geradas pelo Novo
Ensino Médio para as escolas campesinas no Espírito Santo. A partir das teorizações
críticas da educação, tem como objetivo geral evidenciar o processo diferenciado de
implantação da Reforma do Ensino Médio nas escolas do/no campo, assim como sua
resistência a essa política nacional. A pesquisa possui caráter documental conjugado
com o estudo de caso alusivo às Escolas Famílias Agrícolas de Ensino Médio e
Educação Profissional, vinculadas ao Movimento de Educação Promocional do
Espírito Santo. Os documentos analisados referem-se: às normativas nacionais que
tratam da Reforma do Ensino Médio (a Lei nº 13.415/2017 e suas alterações parciais
com a Lei nº 14.945/2024); às orientações estaduais, como a Resolução CEE-ES nº.
5.666/2020, que traz as normas para implantação do Novo Ensino Médio em todo o
sistema de ensino capixaba; aos Projetos Político-Pedagógicos de duas Escolas
Famílias Agrícolas imediatamente antes da Reforma do Ensino Médio e a partir de
sua implementação, considerando aspectos, como definição do tempo escolar,
saberes escolares e Itinerários Formativos. Constata que a Educação do/no Campo
tem se tornado um campo fértil para as pedagogias contra-hegemônicas, mas, em se
tratando das imposições do Novo Ensino Médio, essas escolas se chocam no
cumprimento dos preceitos reformistas e na busca por uma educação emancipatória.
Mesmo estando alinhadas a um projeto contra-hegemônico, em alguns pontos,
deslizam e tendem a cair na lógica do neoliberalismo e do agronegócio. Contudo, a
despeito desses deslizes, são exemplos de luta e resistência aos interesses do capital.