POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM SERRA/ES: O PATRIMÔNIO CULTURAL E A HISTÓRIA LOCAL EM PERSPECTIVA

Nome: MARIANA DALLORTO DOS SANTOS

Data de publicação: 05/05/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
REGINA CELI FRECHIANI BITTE Examinador Interno
SONIA MARIA DOS SANTOS Examinador Externo

Resumo: A pesquisa investiga políticas de formação continuada de professores de História no
município de Serra/ES entre os anos de 2018-2024, com foco nas temáticas dos Patrimônios
Culturais e História Local. Adota como instrumentos da pesquisa qualitativa, questionário
semiestruturado e entrevistas com docentes e responsáveis pelas formações desenvolvidas
pela Sedu-Serra. As fontes foram interrogadas na perspectiva de Bloch (2001) e Ginzburg
(2002, 2007a, 2007b), para os quais, os vestígios deixados por homens e mulheres no tempo
são fontes que precisam ser questionadas pelos historiadores. O marco teórico-epistemológico
da pesquisa se organiza em três movimentos: Ensino de História Local, abordando a história
do ensino de História e indícios da História Local apoiados nos estudos de Bittencourt (2008,
2018, 2022, 2023), Abud (2023), Fonseca (2006) e Schmidt (2012). Discute, ainda, a relação
entre História Local e consciência crítica a partir de Rüsen (2011), Freire (1997, 2023, 2024),
Schmidt e Cainelli (2004) e Schmidt e Garcia (2003); Patrimônio, Memória e História: por
uma formação mais humana aborda o conceito de Patrimônio Cultural e os caminhos até os
bens imateriais com os estudos de Fonseca (2009), Abreu (2009, 2015), Gonçalves (2009),
Sant’Anna (2009) e Chagas (2006). Para abordar os conceitos de memória e história, dialoga
com Nora (1993), Oriá (2023), Bosi (1994), Halbwachs (2006), Le Goff (1990) e Bloch
(2001); Em Formação Continuada de Professores, discute a noção de formação continuada e
os principais contornos dessas políticas tendo em vista as colocações de Imbernón (2010,
2011), Nóvoa (2023, 1992, 2022), Freire (1997, 2023) e Gatti (2009). As narrativas dos
professores e das formadoras, em cruzamento com as legislações que regulamentam as
formações continuadas e os documentos compartilhados pela GEFOR, apontam
características das formações continuadas para professores de História ofertadas pela
Sedu-Serra, assim como as concepções que os profissionais entrevistados têm sobre
Patrimônio Cultural, História Local e formação continuada e a importância que destinam a
essas práticas. Desse modo, as análises estão apresentadas em três eixos. O primeiro:
formação prescrita e praticada, analisa o período de 2018-2024 e como estava acontecendo
as formações de professores de História no município, além de abordar a compreensão sobre
formação continuada defendida nessas fontes. Nesse recorte temporal, destaca-se a pandemia
de Covid-19, sobre a qual, as narrativas docentes indicaram seus impactos profundos nos
processos de ensino e aprendizagem e nos encontros formativos. No segundo eixo: História
Local e Patrimônio Cultural nas formações, busca conhecer como essa temática tem sido
contemplada nas formações e como os professores compreendem sua importância em sala de
aula. No último eixo: As práticas narradas, as narrativas docentes revelam possíveis práticas
impulsionadas pelas formações continuadas. Os docentes demonstram iniciativas para romper
com a visão eurocêntrica da História, reconhecendo o valor do patrimônio como expressão de
memórias coletivas que formam identidades. Eles concordam que essas temáticas enriquecem
o ensino, mas enfrentam desafios como falhas na formação inicial, falta de recursos,
limitações curriculares e comportamentos inadequados dos alunos. Apesar disso, apontaram
formas e iniciativas de abordar e aprimorar essas temáticas em suas aulas.

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