Práticas de produção de textos escritos no ensino técnico integrado ao médio

Nome: CYNTHIA NUNES MILANEZI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/09/2011
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLOS EDUARDO FERRAÇO Examinador Interno
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Orientador
EDWIGES GUIOMAR DOS SANTOS ZACCUR Examinador Externo
GILDA CARDOSO DE ARAÚJO Examinador Interno

Resumo: Este trabalho é parte dos estudos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa Alfabetização, Leitura e Escrita, vinculado à linha de pesquisa Educação e Linguagens, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo. Teve por objetivo analisar as práticas de produção de textos escritos numa turma de 2º ano do Ensino Técnico Integrado ao Médio a partir das propostas da professora e das respostas dos alunos a essas propostas. Para isso, adota o estudo de caso qualitativo, utilizando, como métodos e técnicas de coleta e produção de dados, a análise de documentos, a observação participante, entrevistas, gravações em áudio e captação de imagens por meio de câmera fotográfica digital e câmera filmadora. Os dados foram analisados à luz dos postulados de Bakhtin (2003, 2006) sobre texto e linguagem, das condições apontadas por Geraldi (2003, 2006) para que haja uma efetiva produção de textos e das considerações de Charaudeau (2010) sobre os modos de organização do discurso. No movimento de análise, busca investigar as condições de produção, bem como analisar as propostas apresentadas aos alunos e os enunciados por eles produzidos. Constata que o trabalho da professora se baseava na noção de tipos textuais ou em modos de organização do discurso, os quais eram escolhidos em virtude das finalidades do curso técnico. Conclui que, apesar de os sujeitos estarem diante de propostas que impunham limitações ao dizer, conseguiram se colocar efetivamente como autores de seus textos, responsabilizando-se pelos seus dizeres. Observa também que essas atividades proporcionaram aos alunos um espaço para que pudessem emergir opiniões, sentimentos, desabafos e até denúncias. Assim como os estudos de Geraldi (2003), esta pesquisa reconhece que a produção de textos pode fazer parte de um ensino de conhecimento e produção e não de reconhecimento e reprodução. Portanto, é necessário que as práticas estejam relacionadas com as vidas dos sujeitos, para que o trabalho com textos, e com a língua de uma forma geral, se torne mais produtivo e significativo para professores e alunos.

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