Cultura lúdica e infância: contribuições para a inclusão da criança com transtorno global do desenvolvimento
Nome: ANDERSON RUBIM DOS ANJOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/01/2013
Orientador:
Nome | Papel |
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SONIA LOPES VICTOR | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ROGÉRIO DRAGO | Examinador Interno |
SONIA LOPES VICTOR | Orientador |
VERA LÚCIA MESSIAS FIALHO CAPELLINI | Examinador Externo |
Resumo: Este estudo toma como objetivo geral investigar os aspectos educacionais que estão implicados na inclusão da criança com transtorno global do desenvolvimento associado ao espectro autista e no processo de mediação dos educadores junto às atividades lúdicas, presentes na escola de Educação Infantil. Para tanto, delimitamos os seguintes objetivos específicos: compreender os modos como a criança com esse transtorno global vivencia a sua infância e a inclusão no cotidiano escolar; analisar os fatores presentes na mediação dos educadores e de outros profissionais nas atividades da cultura lúdica junto ao aluno com transtorno global do desenvolvimento; refletir, por meio dos Ciclos reflexivos formativos, com os profissionais que atuam diretamente na educabilidade desse aluno, questões que permeiam a infância e a inclusão da criança com transtorno global do desenvolvimento, buscando problematizar a mediação do educador nas atividades lúdicas oferecidas no cotidiano da Educação Infantil. A fundamentação teórica respalda-se, nos pressupostos teóricos sócio-filosóficos, histórico-social, da pedagogia do jogo, recreação e lazer e, de autores que abordam as questões referentes à educação especial na perspectiva da inclusão escolar. Como aporte teórico-metodológico, sustenta-se na perspectiva da pesquisa-ação colaborativa-crítica por tratar-se de uma pesquisa que busca a colaboração. Utiliza a análise epistemológica da abordagem histórico cultural como fonte de dados para discussão. Desse modo á análise, revela que à inclusão da criança com transtorno global de desenvolvimento, na escola de Educação Infantil, é atravessada pela ausência e pela fragilidade da formação inicial e continuada, da orientação e do apoio no processo de educabilidade dessas crianças. Os professores se veem sozinhos, perdidos e fragilizados no processo de oferta de uma educação de qualidade ao aluno com transtorno global de desenvolvimento; muitas vezes a escola procura a saúde para partilhar uma situação que, em muitos aspectos, extrapola o seu contexto, devido à falta de formação dos profissionais e de apoio do órgão responsável pelas políticas educacionais. Para além, há uma necessidade de se investir junto aos profissionais da educação infantil uma formação que amplie os conhecimentos sobre o sentido do jogo de faz de conta no desenvolvimento da criança com transtorno global de desenvolvimento, a fim de que possam compreender o seu papel junto mediação na cultura lúdica, pois, os dados nos revelaram que as crianças em muitos momentos, no pátio e na sala de aula, brincavam livremente e que o papel da professora ficava limitado em intermediar conflitos entre as crianças.