A escrita para o outro no processo de alfabetização.

Nome: DANIA MONTEIRO VIEIRA COSTA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 30/04/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA LUÍZA BUSTAMANTE SMOLKA Examinador Externo
CECILIA MARIA ALDIGUERI GOULART Examinador Externo
CLÁUDIA MARIA MENDES GONTIJO Orientador
CLEONARA MARIA SCHWARTZ Examinador Interno
IVONE MARTINS DE OLIVEIRA Examinador Interno

Páginas

Resumo: Este trabalho integra estudos desenvolvidos no campo da linguagem, numa abordagem enunciativo-discursiva, pela linha de pesquisa Educação e Linguagens, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo. Trata de um estudo de caso que tem por objetivo discutir a seguinte tese: no processo inicial da alfabetização, as crianças escrevem textos para dialogar com o outro. Foi realizado numa instituição de Ensino Fundamental do Sistema Municipal de Vila Velha/ES. Fundamenta-se na abordagem bakhtiniana de linguagem, particularmente na noção de enunciado discutida por Bakhtin e nas contribuições de Vigotski sobre a relação entre desenvolvimento e aprendizagem, postulando que a aprendizagem da linguagem escrita não se assenta sobre processos que devem estar maduros na criança, pois é no decorrer dessa aprendizagem que esses processos se constituem. Compreende que o domínio das habilidades de ler e escrever não é requisito para a produção de textos, mas é por meio da produção de textos que as crianças se apropriam da linguagem escrita na sua totalidade: como forma e como discurso. Analisa os textos produzidos pelas crianças, na escola, a partir dos interlocutores escolhidos por elas, constituindo as seguintes categorias: na primeira, denominada A escrita para o outro: a emergência de um interlocutor, analisa um evento no qual ocorre um diálogo com as crianças sobre a possibilidade de escrever para um personagem dos contos de fadas; na segunda, intitulada A escrita para o outro: o diálogo com a família, faz análise de eventos nos quais as crianças escreveram para parentes (mãe, pai, avós, tios, primos e outros); na terceira e última categoria, A escrita para o outro: o diálogo com os colegas, discute os textos produzidos para seus colegas. Conclui que as crianças, ao escreverem para se comunicar com o outro, realizam seus projetos discursivos por meio da escrita de enunciados carregados de suas histórias de vida, seus conflitos, afetos e desejos. Nesse contexto, as crianças também dialogam a respeito de suas ideias sobre o sistema de escrita, realizando, assim, uma reflexão sobre os aspectos discursivos e linguísticos da linguagem escrita.

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