As imagensnarrativas de mulher produzidas pelos sujeitos praticantes do currículo do IFES
Nome: GABRIELA FREIRE OLIVEIRA PICCIN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/09/2013
Orientador:
Nome | Papel |
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CARLOS EDUARDO FERRAÇO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CARLOS EDUARDO FERRAÇO | Orientador |
EDMAR REIS THIENGO | Examinador Externo |
HIRAN PINEL | Examinador Interno |
JANETE MAGALHÃES CARVALHO | Examinador Interno |
Resumo: Para Foucault, a mulher tem sido objeto de desejo na ordem de um poder-saber cuja proliferação discursiva tem cumprido, historicamente, certos propósitos. Entre os enunciados sobre a mulher, estão os sujeitos praticantes (CERTEAU, 1996) dos cotidianos escolares a negociar esses discursos (BHABHA, 2010) e a inventar outras imagensnarrativas (FERRAÇO, 2011) de mulher. Discuto nesta monografia as imagensnarrativas de mulher produzidas por sujeitos dos cursos técnicos do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), bem como as relações de gênero e poder (LOURO, 2010, 2008, 2003) ali tecidas. Problematizo, assim, os dados de uma pesquisa metodologicamente fundamentada nos movimentos de Nilda Alves (2003, 2008a e 2008b), fazendo uso de narrativas e conversações tecidas com os sujeitos praticantes do currículo do Ifes, além de experimentações artísticas de alunxs. Por meio da problematização das imagensnarrativas produzidas por alunas/os e servidoras da escola, trago para a análise as construções discursivas que estão sendo negociadas acerca da mulher na sociedade e, mais especificamente, no ensino técnico. As imagensnarrativas foram diversas, mas muitas delas negociaram com dicotomias sobre o que seriam características femininas e masculinas, bem como com discursos sobre o campus na condição de lugar masculino. Discuto esses discursos com base nas contribuições de Louro (2001) e de Foucault no
entendimento das tensões entre os enunciados. Finalizo com a análise de algumas narrativas de mulheres que têm ocupado os espaços do ensino técnico, como alunas ou servidoras do Ifes, resistindo e reexistindo para uma vida bonita.