MUDANÇAS Teórico-metodológicas no Campo da Alfabetização Sob a Perspectiva de Professores Alfabetizadores
Nome: DEBORAH PROVETTI SCARDINI SIQUARA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 29/02/2016
Banca:
Nome | Papel |
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CÉSAR PEREIRA COLA | Orientador |
CLEONARA MARIA SCHWARTZ | Examinador Interno |
DILZA CÔCO | Examinador Externo |
FERNANDA ZANETTI BECALLI | Examinador Externo |
JANETE MAGALHÃES CARVALHO | Examinador Interno |
Resumo: Essa pesquisa, com recorte histórico nos anos de 1990, ao questionar o modo como foi encaminhado o processo de mudanças teórico-metodológicas junto a professores alfabetizadores, que atuavam em escolas da rede pública do município de Vitória/ES, assume uma perspectiva de alfabetização que se distancia da perspectiva construtivista, bem como o modo de pensar e conduzir os processos de formação de professores alfabetizadores. Enquanto que para a perspectiva construtivista emiliana há uma crença de que as crianças aprendem sozinhas, de forma espontânea, por meio de interações que chegam a invisibilizar o papel do professor (GONTIJO; SCHWARTZ, 2010), entendemos a alfabetização como um processo de imersão da criança no mundo da linguagem escrita (GONTIJO, 2002). Desse modo, compreendemos que para que as crianças [...] se apropriem dos conhecimentos e, em particular, da linguagem escrita, é necessária uma mediação qualificada dos professores [...] (GONTIJO; SCHWARTZ, 2010, p. 11). Nesse sentido, tal compreensão toma como base a perspectiva teórico-metodológica Histórico-Cultural, pautada nos estudos de Bakhtin e de seu Círculo, para pensar a linguagem no processo alfabetizador. Ao rememorarmos, tivemos a oportunidade de rediscutir a implantação do Bloco Único, agora na perspectiva desses professores alfabetizadores. Por meio de seus relatos, inferimos que a desseriação e o construtivismo (adotados pela rede pública municipal de Vitória no chamado Bloco Único) não conseguiram vencer os graves problemas da alfabetização nas duas primeiras séries iniciais da educação básica. Refletir sobre essa reforma educacional nos parece essencial para a história da educação/alfabetização no Espírito Santo.