ESCRIDELEITURAS: GESTOS QUE TRANSBORDAM INFÂNCIA
Nome: FERNANDA VIEIRA DE MEDEIROS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 30/01/2017
Orientador:
Nome | Papel |
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CARLOS EDUARDO FERRAÇO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CARLOS EDUARDO FERRAÇO | Orientador |
JAIR MIRANDA DE PAIVA | Examinador Interno |
JANETE MAGALHÃES CARVALHO | Examinador Interno |
MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA SOARES | Examinador Externo |
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS | Examinador Interno |
Páginas
Resumo: Uma tese. Canto de ternura. Experiência inventiva que se configura como escrita-ensaio para também pensarmos a nós mesmos nos processos de afirmação da vida. Vida despregada dos modelos hegemônicos da razão instrumental, provocando aberturas, movendo formas. Um encontro com gestos que transbordam infância e invadem o mundo prescrito, buscando desfazer as lógicas das disciplinas adestradas pelas concepções linguísticas invariáveis. Devir-criança, tempo que agencia uma maneira de estar no mundo e de conhecê-lo. Sendo assim, produzimos quais políticas da cognição? Cognição Representacional ou Cognição Inventiva? Estamos entre processos representacionais e inventivos que colocam o problema do conhecer em questão. Entre território de passagem, desafio das aprendizagens investigativas, outras sonoridades: fazer uma experiência com os gestos-afeções que ainda podem ser escritos no aprender como fluxo e não como código; problematizar diferenciados processos escrideleituras das crianças que podem criar outros modos de pensar, de ler, de dizer e de sentir as relações com a escola e com o educativo, bem como cartografar os movimentos territoriais do Centro Municipal de Educação Infantil Ritornelo com seus deslocamentos intensivos. Linhas narradas com Deleuze, Guattari, Rancière, Blanchot, Kohan, Corazza, Kastrup, Spinoza, Skliar, Larrosa e outros. Aventura filosófica das pistas do plano conceitual rizomando usos, conversas, processos formativos, invenção, diferença. Composições que evocam a potência dos bons encontros. Podemos inventar? Estamos implicados em fazer durar o que de algum modo escapa da totalidade representativa do código alfabetizador e fragiliza os métodos de aquisição das habilidades de ler e escrever. Portanto, abraçamos escritas e leituras povoadas de gestos-textos. Estilo que gagueja com a força do expressivo. Acreditamos na condição indefinida do que estar sendo criança: modos escrideleituras, uma língua que vibra diferença, um jeito de existir. Cores de poesia, ternura de uma vida que transborda infância.