NOS LIMIARES DO FORA: EXPERIÊNCIA E NARRATIVIDADE EM POLÍTICAS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO
Nome: MARIA CAROLINA DE ANDRADE FREITAS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 07/02/2018
Orientador:
Nome | Papel |
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MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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HÉLDER PORDEUS MUNIZ | Examinador Externo |
MARCELO SANTANA FERREIRA | Examinador Externo |
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS | Orientador |
REGINA HELENA SILVA SIMÕES | Examinador Interno |
VÂNIA CARVALHO DE ARAÚJO | Examinador Interno |
Resumo: Esta tese é fruto de uma pesquisa-conversação que investiga a produção de saúde no âmbito do trabalho em educação, por meio do acompanhamento das Comissões de Saúde do Trabalhador Cosates, de Serra/ Espírito Santo, no período de 2014 a 2017. Tais comissões constituíram-se como dispositivo do Fórum Cosate, fruto de um intenso movimento entre diversos órgãos municipais, trabalhadores da educação e pesquisadores do Programa de Formação e Investigação em Saúde e Trabalho PFIST, da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES. Para tanto, a Tese se estrutura em três grandes seções, a saber: Uma Contação em conversa: que inclui
duas prosas e a dissolução da centralidade das narrativas juntamente com a
apresentação das figuras: a de uma pesquisadora desajeitada e a de um trabalhador abestalhado. Junto às prosas se seguem os indícios que apresentam os argumentos sustentados na tese: Indício I. O uso do ensaio e da forma/ conteúdo adotada mostra uma linguagem praticada, sustentada pela ideia de que pensar, agir, escrever e viver são modos que não se dissociam prerrogativa ética da pesquisa. Um trabalho, portanto, tem dimensões políticas e éticas incalculáveis a priori, porque constituindose em um trabalho inventado, não se resume ao plano do prescrito, apenas, assim como faz explodir o continuum da experiência, colocando em jogo um real que vem
impresumível e em feitura movente; Indício II. A afirmação da experiência como Fora não há anterioridade dada, a experiência não é algo que pertença a alguém que se tenha ou não mas algo que nos atravessa e da qual fazemos uso ou fazemos funcionar, não por uma expertise, mas muito mais por ser algo que nos implica de forma transformadora na vinculação ao campo relacional e que, portando, porta a transmissibilidade e não uma efetuação total. Isso se articula à própria política de escrita do trabalho, que é uma escrita-experiência ou uma experiência-escritura. A segunda seção compreende as compósitas do campo: cenas do campo empírico que
dão corpo à Tese, empreendem uma política do contar que se realiza em exercício de montagem e que expõe o método de composição no movimento de cartografar algumas intervenções-passagens da pesquisa. A terceira e última parte contém dois ensaios: As coisas não têm paz e O movente e o aturdido que expõem algumas das questões surgidas no acompanhamento do campo, encaminhando-as para as articulações com a questão da narratividade e da experiência, a partir da mostração de fragmentos orais e escritos, registrados pela pesquisa, num exercício de distância e aproximação e de coconstrução de questões.