FEIURAS: INSURREIÇÕES DO CORPO NA ESCOLA
Nome: STEFERSON ZANONI ROSEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 08/04/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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JANETE MAGALHÃES CARVALHO | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ALEXSANDRO RODRIGUES | Examinador Interno |
CARLOS EDUARDO FERRAÇO | Examinador Interno |
DAVIS MOREIRA ALVIM | Examinador Externo |
JANETE MAGALHÃES CARVALHO | Orientador |
REGINA HELENA SILVA SIMÕES | Examinador Interno |
Resumo: Ao propor indagar como o corpo feio fabula contra os maquinismos do regime capitalístico, esta pesquisa foi realizada em um processo de criação fabuladora com alunos e alunas do Ensino Fundamental II de uma escola pública no município de Cariacica-ES. Tomando a beleza como uma estratégia de controle que se alastra em todos os lugares, propõe-se pensar como a feiura, de outro modo, estabelece alguns processos insurrecionais. Se há, popularmente, uma tendência a produzir beleza nos corpos via mídia, currículos, empresas etc., evidenciam-se nas escolas corpos arrombados por feiuras desestabilizadoras. Metodologicamente, alunos do sexto e sétimo anos se envolveram na composição de personagens estético-conceituais e histórias que visassem fazer ruir as organelas controladoras da beleza. Foram realizados 17 encontros nos quais o objetivo da produção de dados eram justamente as fábulas. Assim, surgiu como resultado um lugar afirmado como escola de gente feia. Nessa escola, corpos corriqueiros são interpelados pela baixeza da feiura e, ocasionalmente, acabam também por se render a ela. É nesse contexto que, de encontro com Feioso, a menina certinha, a professora rabugenta, a coordenadora simpática, o menino afeminado e o professor novato são convidados a insultar a lógica de controle agenciado no capitalismo. Fazendo da feiura um insulto em quatro postulados e valendo-se das fábulas criadas a partir da escola de gente feia, o texto conclui afirmando a feiura enquanto um insulto ao Capital, enquanto uma aposta para as guerras que não cessam.