SER CRIANÇA COM CÂNCER NA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR: UM ESTUDO EM MERLEAU-PONTY
Nome: ANA KARYNE LOUREIRO GONÇALVES WILLCOX FURLEY
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 15/04/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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HIRAN PINEL | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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DENISE MEYRELLES DE JESUS | Examinador Interno |
HIRAN PINEL | Orientador |
SILVIA MOREIRA TRUGILHO | Examinador Externo |
VITOR GOMES | Examinador Interno |
Resumo: Este estudo qualitativo, do tipo fenomenológico-existencial, envolve a temática da Educação Especial, no seu sentido amplo e específico e das brinquedotecas hospitalares. As pessoas que colaboram com nossa pesquisa foram crianças e ou adolescentes com câncer, acolhidas pela instituição ACACCI, que atende pacientes dessa esfera. Os objetivos visam compreender o que é ser uma criança com câncer, enquanto sujeito com necessidades educacionais especiais inseridas em uma brinquedoteca hospitalar, bem como de mostrar o como se revela a corporeidade, a experiência e a percepção desses sujeitos diante do brinquedo e do brincar. Para tal propósito, recorremos fundamentalmente ao marco teórico Merleau-Ponty (1984, 1999, 2006) e os modos como essa produção discursiva produziu atitudes na pesquisadora. Como instrumentos de pesquisa, utilizamos de base uma ferramenta denominada de Diário de Campo e foi nele que escrevemos descrições compreensivas, postamos desenhos, fotografias, diálogos etc. Falas de adulto são postados, desde que relacionadas ao nosso objetivo de pesquisa. Todo processo durou dezoito (18) encontros na brinquedoteca hospitalar da instituição. Analisando os conceitos de "corporeidade, a experiência e a percepção" (MERLEAU-PONTY, 1999), que foram vividos como movimentos indissociados, a criança foi então inserida no mundo e o brinquedo e a brincadeira, tudo em uma brinquedoteca hospitalar, que acabaram significando o ser existencial de comunicação. Ocorreu também um silêncio que pode ter sido a ausência da fala, mas desvelada na fala gestual - são as diversas formas de linguagem do ser criança e ou adolescente. Assim, sentimos a criança na totalidade: o corpo, ao perceber objetos (brinquedos) diante de si e de se posicionar frente a eles, pontuando uma "fenomenologia do brincar", através da experiência, da percepção e de inclusão de si e do outro - no mundo. Quanto às implicações do estudo, também buscamos demonstrar os caminhos possíveis aos pedagogos em geral, voluntários etc., profissionais responsáveis por esses espaços-tempos nos quais a criança é lançada à própria existência, diante da finitude da vida, quer seja no ambiente hospitalar, no domiciliar, escolar, comunitário etc.