PRODUÇÕES NARRATIVAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES ENTRELAÇADAS COM O PENSAMENTO PÓS-COLONIAL
Nome: TALES WELLINGTON CUNHA FELIX
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/09/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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MARTHA TRISTÃO FERREIRA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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HIRAN PINEL | Examinador Interno |
KÁTIA GONÇALVES CASTOR | Examinador Externo |
MARTHA TRISTÃO FERREIRA | Orientador |
ROSINEI RONCONI VIEIRAS | Examinador Externo |
SILVANA VENTORIM | Examinador Interno |
Resumo: Esta pesquisa investiga práticas educativas e saberesfazeres socioambientais de professores, no contexto das formações instituídas da Secretaria Municipal de Educação de Serra (SEDU), no Estado do Espírito Santo, Brasil. Tem como objetivo investigar narrativas produzidas na formação de professores e suas conexões com as culturas locais, saberes socioambientais sustentáveis e práticas cotidianas, na perspectiva da colonialidade. Pautados na pesquisa qualitativa, realizamos uma pesquisa-observante (Brandão, 1984) nesses espaços-tempo de formação docente juntamente com a pesquisa narrativa em Educação Ambiental, produzindo redes de conversações (MATURANA, 2014) e uma cartografia simbólica (SANTOS, 2007) dos lugares praticados dos professores, suas experiências e práticas sustentáveis (in)visibilizadas numa articulação de saberesfazeres socioambientais sustentáveis que criam potências de ruptura com os saberes coloniais. Realizamos a investigação da influência do paradigma dominante (SANTOS, 2007) da ciência moderna/clássica/cartesiana/fragmentária buscando compreender e visibilizar as rupturas e continuidades vivenciadas em meio aos conflitos e contradições políticos e socioambientais numa compreensão de complexidade da realidade (MORIN, 2015). Nesse contexto buscamos uma ecologia de saberes (SANTOS, 2007b) para lidar com a diversidade de saberes produzidos na sociedade e nas formações de professores em redes de relações (TRISTÃO, 2004) tecidas com os professores. Problematizamos o contexto socioambiental político atual e as políticas estruturantes de Educação Ambiental. A pesquisa aponta que a formação docente em Educação Ambiental pode e tem contribuído para a construção de uma sociedade mais justa e solidária, caminhando no sentido da emancipação e engajamento político tão necessários. Isso depende necessariamente, contudo, de fortalecer a formação em Educação Ambiental que, em seu contexto amplo, complexo e na sua transversalidade, tem potência pra produzir bons encontros e propor novos modos de produção de saberes. É necessário investir em formação em Educação Ambiental, construir espaços de diálogo e debates sobre o assunto, uma vez que a formação sobre o tema tem se limitado a poucos ou nenhum encontro. Quando ocorrem, geralmente, limitam-se às áreas de Geografia e de ciências, destacando-se de modo insipiente, mas, como tema transversal, necessita ser debatida e aprofundada por todas as áreas de conhecimento.