ESCOLA MULTISSERIADA, INFÂNCIAS E COMUNIDADE TRADICIONAL POMERANA: DIÁLOGOS MEDIADOS POR IMAGENS E MEMÓRIAS

Nome: JUBER HELENA BALDOTTO DELBONI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 04/12/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GERDA MARGIT SCHUTZ FOERSTE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ERINEU FOERSTE Examinador Interno
GERDA MARGIT SCHUTZ FOERSTE Orientador
LIANA GONÇALVES PONTES SODRÉ Examinador Externo
MARIA CIAVATTA FRANCO Examinador Externo
VÂNIA CARVALHO DE ARAÚJO Examinador Interno

Resumo: Este estudo analisa as mediações da imagem fotográfica na comunidade pomerana de
Caramuru, no diálogo entre infâncias, comunidade e memórias. Busca dimensionar a relação
entre a escola e a comunidade, na parceria entre as escolas multisseriadas de Ensino
Fundamental João Germano Guilherme Borchardt e Adolpho Pagung, o Ifes Campus CentroSerrano e a comunidade, localizados no município de Santa Maria de Jetibá (ES). Defende a
tese de que as imagens pertencentes ao acervo de uma comunidade podem fomentar memórias
das escolas e sua comunidade, na mediação potencializada por práticas colaborativas e
dialógicas com crianças e as infâncias. A pesquisa, de cunho qualitativo, construiu-se teóricometodologicamente na interface das discussões sobre as imagens fotográficas como mediação
(CIAVATTA 2002, 2008, 2009; SCHUTZ-FOERSTE, 2013; DELBONI, 2016); nos estudos
da sociologias das infâncias (SARMENTO, 2004, 2009; CORSARO, 2011; SÁNCHEZ
PARGA, 2009), que dimensionam a participação das crianças como sujeitos ativos; no debate
sobre a pesquisa participante e colaborativa (BRANDÃO, 2003; FOERSTE, 2005), trazendo
para o diálogo os saberes locais, as histórias e memórias da comunidade. A memória, como
prática social, foi situada na perspectiva histórico-cultural, por meio dos signos mediados
socialmente (VYGOTSKY, 1987, 2001; SMOLKA, 2000), como elaboração coletiva (LE
GOFF, 1992; HALBWACHS, 2006; POLLAK, 1989, 1982) de experiências no sentido
benjaminiano e que potencializa projetos de futuro (VELHO, 2003). O processo investigativo
foi registrado em diário de campo, produções fotográficas e fílmicas dos distintos momentos da
pesquisa, como: oficinas de fotografia, rodas de conversa com suporte das fotografias históricas
e de registros fotográficos realizados com as crianças, reelaboração de fotografias históricas e
exposição fotográfica com a comunidade. Os dados produzidos foram analisados em dois eixos:
a mediação da imagem na comunidade de Caramuru, no diálogo das crianças com as
fotografias, e a mediação da imagem na comunidade de Caramuru nas memórias dos sujeitos,
a partir da exposição fotográfica. O estudo corrobora os objetivos da pesquisa, destacando que
o encontro com as imagens provoca a ressignificação de memórias no tempo presente e para
além dele, como possibilidade para movimentos futuros. As reflexões propostas possibilitam a
retomada de trajetórias pelos sujeitos e seus coletivos, com vistas à proposição de um trabalho
colaborativo entre escolas e comunidade.

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