LUTAS TERRITORIAIS INDÍGENAS: MEMÓRIAS, CULTURAS E EDUCAÇÕES DO POVO TUPINIKIM

Nome: ARLETE MARIA PINHEIRO SCHUBERT
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 11/05/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ERINEU FOERSTE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLOS RODRIGUES BRANDÃO Coorientador
CLAUDETE BEISE ULRICH Examinador Externo
EDNA CASTRO DE OLIVEIRA Examinador Interno
EDSON MACHADO DE BRITO Examinador Externo
ERINEU FOERSTE Orientador

Resumo: A pesquisa, de que resulta o presente trabalho, busca descrever e analisar o processo
dos enfrentamentos e das frentes de lutas territoriais em sua relação com uma
reelaboração cultural e étnica do Povo Indígena Tupinikim, realizada nas aldeais de
Aracruz, Espírito Santo, Brasil, entre os anos de 1970 e 2010. Problematiza questões
sobre memórias, culturas e educações nas suas interfaces com as lutas territoriais, e
busca responder perguntas nem sempre presentes nas indagações pedagógicas: A
luta indígena pela terra educa? Existe na ação de comunidades e culturas indígenas,
em nome de seus direitos territoriais e identitários, uma dimensão propriamente
pedagógica? Os processos de investigação trabalham com a pesquisa participante
(BRANDÃO, 1999), abordagens qualitativas em educação (ANDRÉ e LÜDKE, 1986;
BRANDÃO et al., 2019; FICHTNER et al., 2020) e com aproximações a uma etnografia
implicada (GEERTZ, 1989; ALBERT, 2015) e o estudo historiográfico (LE GOFF,
1982, 2012). Beneficia-se de imersões e observações nas aldeias, entrevistas
semiestruturadas sobre o tema, anotações em diário de campo, bem como da análise
documental entre outros. Observa a pluralidade de fontes, orais e escritas, tais como
relatórios técnicos, diretrizes de governo, publicações especializadas e/ou publicadas
por organizações indígenas, governamentais e não governamentais, entrevistas e
narrativas – produzidas em diálogos com os/as protagonistas das lutas territoriais do
Povo Indígena Tupinikim, delimitados para a presente pesquisa, assim como com
lideranças indígenas regionais e nacionais, cotejada pela leitura indiciária
(GINZBURG, 2002, 2007). Procede-se a uma contextualização das publicações sobre
o Povo Indígena Tupinikim, em que se incluem aspectos da sua história, cultura e
educação, a partir de produções acadêmicas e não acadêmicas acumuladas sobre
esse povo no período estudado. Algumas discussões teórico-metodológicas
contribuíram para o diálogo com autores indígenas e não indígenas, para refletir sobre
compreensões e noções, tais como: memórias, culturas e educações (BENJAMIN,
2006; BRANDÃO, 2008, 2019; FREIRE, 1972; KRENAK,1992, 2015; MUNDURUKU,
2012; RAUL MEJIA, 2012; ARROYO, 2011, 2012), em contextos das lutas territoriais
indígenas (OLIVEIRA, 1998; BARTOLOMÉ, 2006; QUIJANO, 2006; KRENAK, 2015;
MUNDURUKU, 2012). Os dados produzidos, seu tratamento e análises, levam a
afirmar a seguinte tese: memórias, culturas e educações constituem as bases
indissociáveis das lutas territoriais do Povo Indígena Tupinikim e configuram
conhecimentos para a elaboração de uma pedagogia contra o esquecimento e uma
educação indígena própria.

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