A PRESENÇA DE ESTUDANTES NEGRAS NO GINÁSIO MARIA ORTIZ, ANEXO
À ESCOLA NORMAL PEDRO II DE VITÓRIA, ESPÍRITO SANTO (1936-1943)

Nome: FERNANDA MARIA OLIVEIRA DA COSTA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 04/03/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
REGINA HELENA SILVA SIMÕES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EURIZE CALDAS PESSANHA Examinador Externo
MARIA ALAYDE ALCANTARA SALIM Examinador Externo
REGINA HELENA SILVA SIMÕES Orientador
ROSIANNY CAMPOS BERTO Examinador Interno

Resumo: Durante o primeiro governo Vargas (1930-1945), as políticas públicas buscaram unificar o
ensino por meio de um conjunto de reformas da educação, traduzidas em ações locais
sustentadas pela atuação das Escolas Normais em diferentes estados brasileiros. No conjunto
dessas políticas, este estudo objetiva investigar, no Espírito Santo, a presença de estudantes
negras na passagem entre o curso secundário da Escola Normal Pedro II, iniciado em 1936, e a
instituição legal do Ginásio Maria Ortiz, em 1943, focalizando, especialmente, o processo de
feminização do magistério e os efeitos do pensamento eugênico na sociedade brasileira durante
o período estudado. O recorte temporal estabelecido – 1936 a 1943 – situa-se entre a instituição
do ensino secundário da EN Pedro II, em observância à Lei estadual nº 74/1936, e a
denominação Ginásio Maria Ortiz, adotada conforme o Decreto estadual nº 14.388/1943. O
corpus documental compreende leis e decretos sobre a instrução pública no período
investigado, ofícios, requerimentos, termos de visitas de inspetores, relatórios, fichas cadastrais
discentes e fotografias. O mapeamento, a seleção e a análise das fontes amparam-se em
teorizações de Bloch (2001) e Ginzburg (1989, 2002), explorando especialmente o método
indiciário. A partir do entrecruzamento das fontes, este estudo problematiza o processo de
branqueamento sofrido por algumas alunas no processo de matrícula, compreendido no
contexto das políticas públicas materializadas nas reformas Francisco Campos (1931) e
Capanema (1942), uma vez que as ações do governo Vargas afirmavam a construção de um
“novo” Brasil, tendo o nacionalismo e as ideias eugênicas como fios condutores. Ao tornar
visíveis a presença dessas estudantes negras e outros elementos da própria história do GMO,
inclusive com base em fontes até aqui negligenciadas, pretende-se contribuir para a ampliação
da escrita da história da educação capixaba.

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