Produções narrativas com movimentos antirracistas que tecem uma educação ambiental de fronteira
Nome: MAGLIS VIEIRA DOS SANTOS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 29/09/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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MARTHA TRISTÃO FERREIRA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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CARLOS EDUARDO FERRAÇO | Examinador Interno |
CELSO SÁNCHEZ PEREIRA | Examinador Externo |
JANETE MAGALHÃES CARVALHO | Examinador Interno |
MARTHA TRISTÃO FERREIRA | Orientador |
RITA SILVANA SANTANA DOS SANTOS | Examinador Externo |
Resumo: Esta pesquisa inspira-se nas travessias transatlânticas ocorridas a partir do século 15,
quando povos foram trazidos à força das Áfricas para as Américas. Compreende a
colonização e a diáspora como processos inacabados, em que há reproduções de
violências e devastações de naturezasculturas, como também de reexistências e
reinvenções da vida. Esta tese-travessia busca acompanhar tais processos e, por
isso, apoia-se em concepções como colonialidade do poder (QUIJANO, 2010),
fronteira como lugar híbrido (ANZALDÚA, 1999) e o pensamento de fronteira
produzido na diferença colonial (MIGNOLO, 2003). O estudo tem a intenção de
problematizar contextos latino americanos e refletir sobre uma educaçãoambiental de
fronteira, a partir de produções narrativas e cartografia de saberesfazeres com
movimentos antirracistas. A aposta teórico-metodológica consiste na pesquisa
narrativa (TRISTÃO, 2013) e em redes de conversações (MATURANA, 2014),
constituídas por meio de encontros como oficinas, minicursos, rodas de conversas etc.
As narrativas produzidas com os movimentos fortalecem a composição de uma
educaçãoambiental de fronteira enredada em currículos-outros, em saberesfazeres e
em distintas tecnologias ancestrais. Considera-se, portanto, que o colonialismo não
venceu e, concomitante aos projetos de apagamentos físicos e simbólicos da
corporeidade negra no mundo, existe uma recusa coletiva envolvendo fluxos de
ancestralidades e de reinvenções.