TRAJETÓRIAS DE FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO
INFANTIL DO CAMPO: NARRATIVAS DOS EGRESSOS DOS CURSOS
MAGISTÉRIO E PEDAGOGIA DA TERRA – MST

Nome: MARLE APARECIDA FIDÉLES DE OLIVEIRA VIEIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 16/05/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
VALDETE CÔCO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDNA CASTRO DE OLIVEIRA Examinador Interno
FERNANDA DE LOURDES ALMEIDA LEAL Examinador Externo
MARIA ANTONIA DE SOUZA Examinador Externo
REGINA HELENA SILVA SIMÕES Examinador Interno
VALDETE CÔCO Orientador

Resumo: Esta tese focaliza trajetórias de formação e atuação docente de educadoras que atuam com as
crianças na Educação Infantil do Campo (EIC). Apresenta como objetivo geral compreender as
trajetórias formativas na constituição e atuação docente dos educadores que participaram dos
cursos de formação Magistério e Pedagogia da Terra coordenados pelo Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no ES, sobretudo dos educadores que atuam com as
crianças na educação infantil (EI) em assentamentos de reforma agrária. Advoga, nesse
contexto, que os cursos são uma reivindicação conquistada pelo movimento social, demarcado
por trajetórias de atuação na docência, e que fortaleceram a luta pela Educação do Campo (EC).
Ancorada nos pressupostos teórico-metodológicos freirianos e bakhtinianos, desenvolve, na
perspectiva de abordagem qualitativa, pesquisa narrativa, sustentada nas histórias de vida –
individual e coletiva – dos sujeitos pesquisados. Utiliza aplicação de questionário, entrevista
semiestruturada, escrita de cartas pedagógicas ao MST e registro em diário de campo. As
análises realizadas me permitem afirmar que os cursos reivindicados pelo MST possibilitaram
aos sujeitos envolvidos acesso à educação superior materializado na atuação docente em
assentamentos de Reforma Agrária, corroborando o objetivo primeiro do Movimento de formar
seus educadores para atuar com sua base social. Também indicam que as educadoras da EIC
compreendem a importância de ser parte do MST e da contribuição do curso na vida e no
trabalho que realizam com as crianças. As educadoras reconhecem a necessidade de maior
apoio pedagógico, melhor investimento em infraestrutura por parte dos municípios e solicitam
ao Setor de Educação (SE) que busque tematizar com mais ênfase a formação dos sujeitos que
atuam nessa etapa da educação básica. Demarcam a necessidade de uma maior aproximação do
SE com os municípios capixabas na tentativa de ajudar a construir processos formativos, dada
a especificidade do campo e das crianças que nele habitam. Os dados reafirmam a relevância
da EC, da formação dos educadores e do direito das crianças à EI.

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