IMAGENS DE ESCOLA: É POSSÍVEL FABULAR O VAZIO?
Nome: STEFERSON ZANONI ROSEIRO
Data de publicação: 12/06/2023
Banca:
Nome | Papel |
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ALEXANDRE FILORDI DE CARVALHO | Examinador Externo |
CÉSAR DONIZETTI PEREIRA LEITE | Examinador Externo |
JANETE MAGALHAES CARVALHO | Presidente |
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS | Examinador Interno |
SANDRA KRETLI DA SILVA | Examinador Interno |
Resumo: Propondo rasgar as imagens de escola em vazios fabuladores de sentidos, a
tese indaga: primeiro as cores ou as dores? A pesquisa foi desenvolvida com
a fabulação como metodologia específica da cartografia, onde estiveram
envolvidas crianças do Ensino Fundamental I de uma escola pública do
Espírito Santo. Para registro dessa pesquisa, as crianças realizaram desenhos
e pinturas e registros ocasionais escritos. Defendendo a tese de que, para
traçar outros possíveis para a escola, é preciso rasgar nas imagens de escolas
vazios o suficiente para que dali saltem outras experiências do corpo no
tempo, a escrita começa por afirmar apontar a estreita aliança entre currículo
e a função da escola. Assim, compreende o currículo como ações que
aproximam, na escola, o corpo dos saberes e conhecimentos do mundo,
produzindo no primeiro um sentimento de continuidade com o segundo.
Atenta aos perigos de uma continuidade que não enfrenta a maquinaria
capitalística, a tese procura produzir imagens de escola para além da
cafetinagem da vida. Deste modo, alunas e alunos convidam a escola a
pensarem o corpo nos exercícios curriculares. Pintam quadras e ensejam a
fofoca como tentativas de provocarem aberturas perceptuais no tempo. No
fim, a tese trata justamente de fabular sentidos da escola a partir de vazios.
Exercitar a fabulação exige do corpo muita abertura perceptual; a
sensibilidade para com o tempo; e a certeza de que ninguém fabula sozinho.