CURRÍCULOS INVENTIVOS ENTRE MACRO/MICROPOLÍTICAS: POR UMA VIDA BONITA NO COLETIVO DO COTIDIANO ESCOLAR
Nome: ANDREA DOS SANTOS GABRIEL
Data de publicação: 11/12/2023
Banca:
Nome | Papel |
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JANETE MAGALHAES CARVALHO | Examinador Interno |
MARIA CAROLINA DA SILVA CALDEIRA | Examinador Externo |
SANDRA KRETLI DA SILVA | Examinador Interno |
SUZANY GOULART LOURENCO | Examinador Externo |
TANIA MARA ZANOTTI GUERRA FRIZZERA DELBONI | Examinador Interno |
Resumo: A ousadia dos filósofos da diferença entrelaça-se a esta pesquisa como um convite para afirmar
a vida que (re)existe e cria movimentos curriculares coletivos nas fissuras do currículo
instituído. Mergulhada nos cheiros, gostos, barulhos, silêncio do cotidiano escolar, a pesquisa
cartografa movimentos de micropolíticas ativas em uma escola de ensino fundamental do
município da Serra-ES, a fim de problematizar movimentos curriculares inventivos que podem
ser produzidos nessa relação. Um convite para violentar o pensamento e experimentar, em vez
de interpretar, um movimento que rompe com a ideia fixa de currículo e se abre a pensar em
currículos, tantos quantos forem necessários para a diferença proliferar. Uma aposta na força
do coletivo de professoras e professores e em redes de conversações provoca a pensar: Que
movimentos curriculares inventivos corpos coletivos podem constituir, entre
macro/micropolíticas, na intenção de afirmar uma vida bonita no cotidiano escolar? Propõe
pensar a educação como um rizoma, que age entre as coisas e desliza de modo contínuo,
diferentemente do pensamento arborescente que limita, enquadra e desconsidera as
singularidades. Argumenta um fazer coletivo de currículos entrelaçados aos signos da arte, na
perspectiva da criação, que abre espaço para proliferar a diferença, e não a representação. Em
diálogo com a filosofia da diferença, de Deleuze e Guattari, com a concepção de currículo e as
redes de conversações de Carvalho, com o pensamento de Rolnik acerca das micropolíticas
ativas e em composição com outras pesquisas com os cotidianos, esta pesquisa aposta em
currículos que agem como a criança das poesias de Manoel de Barros e traçam desvios e
caminhos sinuosos, mesmo diante da insistência para trilharem por linhas retas; currículos que,
como pássaros, se desprendem das formas, voam e pousam quando sentem necessidade; e
currículos que, como andarilhos, inventam outros caminhos, não fixam estradas; currículos que
têm compromisso com a vida que pulsa nos cotidianos escolares; currículos que afirmam uma
vida bonita! Numa cartografia que está sempre aberta às experimentações, conclui-se que, entre
as formas que insistem em bloquear as forças, professoras e professores, coletivamente, criam
processos de resistências e problematizam os currículos, inventando outros modos de
curricular, outros modos de professorar, afirmando a vida que vaza, (re)existe e é bonita!