FLASHES DE ESCOLA: TERRAS FOTOFABULADAS COM CRIANÇAS
Nome: CAMILLA BORINI VAZZOLER GONÇALVES
Data de publicação: 07/12/2023
Banca:
Nome | Papel |
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ALIK WUNDER | Examinador Externo |
CESAR DONIZETI PEREIRA LEITE | Examinador Externo |
JANETE MAGALHAES CARVALHO | Examinador Interno |
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS | Examinador Interno |
TANIA MARA ZANOTTI GUERRA FRIZZERA DELBONI | Examinador Interno |
Resumo: Esta tese é um convite para explorar o território-escola por meio das experimentações fotográficas realizadas por crianças e professoras. Nessa jornada, partimos do pressuposto de que as crianças, como povo por vir, nos mostram caminhos nômades para trilhar pelo território, criando meios e trilhas para escapar das tentativas de controle sobre seus corpos. Portanto, defendo a tese de que as experimentações fotográficas produzidas em um centro de educação infantil traçam, no plano de imanência, narrativas imaginárias e invenções que desafiam a lógica de aprisionamento dos corpos. A pesquisa foi desenvolvida em uma escola municipal de educação infantil no município de Serra. Utilizamos a metodologia da cartografia associada à fotografia, na qual criamos o que chamamos de carto(foto)grafia. As crianças produziram fotografias do ambiente escolar e, após a revelação dessas imagens, elas se tornaram parte do espaço-tempo da escola, envolvendo as crianças e professoras em redes de conversações. As fotografias vão além da busca por representações estéticas padronizadas e nos convidam a questionar, explorar, fabular e criar, ou seja, fotofabular a escola, a infância, à docência, os currículos, os conhecimentos e os afetos. Para isso, recorremos a algumas ferramentas conceituais desenvolvidas por pensadores como Gilles Deleuze, Felix Guattari, David Lapoujade, Roland Barthes e muitos outros. Junto com as crianças e professoras, apostamos em processos imanentes de criação e fabulação, transformando nossa jornada pelo território-escola em uma experiência nômade. Evidenciamos como as fotografias podem se tornar um meio para repensar os currículos, as infâncias, as docências e a própria escola, permitindo que crianças e professoras fabulem ou foto fabulem outros mundos e nos apontem caminhos para habitar a Nova Terra.