SABER AMBIENTAL EXPERIENCIAL: NARRATIVAS DE VIDA E FORMAÇÃO
INICIAL DE PROFESSORAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Nome: RAFAEL ALMEIDA DE FREITAS
Data de publicação: 19/04/2024
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
LEONIR LORENZETTI | Examinador Externo |
ROSANA LOURO FERREIRA SILVA | Examinador Externo |
ROSIANNY CAMPOS BERTO | Examinador Interno |
SILVANA VENTORIM | Examinador Interno |
Resumo: Este estudo tem como foco o “Saber Ambiental” e sua construção na relação com experiências
de vida, no contexto da “Formação Inicial de Professoras em Educação Ambiental” (FIPEA).
Do ponto de vista teórico, reconhecemos o Saber Ambiental como campo emergente, cujo
caráter complexo torna desafiador o processo e a prática de pesquisa e formação em Educação
Ambiental. Supomos que o Saber Ambiental, quando trabalhado na interface das experiências
de vida, mobiliza processos de FIPEA. Assim, objetivamos compreender as experiências de
professoras em formação inicial em Educação Ambiental na relação com a construção do Saber
Ambiental. Para isso, intentamos: a) analisar o Saber Ambiental que as experiências de vida
suscitam a construção; b) estabelecer aproximações do Saber Ambiental com o Saber
Experiencial e suas implicações para a FIPEA. Do ponto de vista metodológico, desenvolvemos
uma pesquisa-formação ancorada no método (auto)biográfico, com dados produzidos a partir
da elaboração de memoriais de formação com licenciandas em Pedagogia da Universidade do
Estado de Minas Gerais – Carangola, no contexto da disciplina “Metodologia do Ensino de
Ciências”. Também consideramos registros/anotações e o relato do próprio pesquisadorformador. No que se refere a análise, desenvolvemos interpretações, acerca das (auto)biografias e as possibilidades de construção do Saber Ambiental na relação com as experiências de vida socializadas, corroborada pela Análise Semântica. Os resultados evidenciam a
(in)sustentabilidade em duas questões socioambientais mobilizadas à luz das experiências de
vida: I) Gestão de resíduos/lixo; II) Enchentes/inundações. Questões essas, atravessadas pela
preocupação com a questão da poluição gerada pelo descarte (in)correto de resíduos/lixo e
evidenciam possibilidades de construção do Saber Ambiental a partir da crítica sobre a
atividade laboral dos garis e suas condições de trabalho, bem como sobre a ocorrência e os
impactos das enchentes/inundações. Possibilidades de ser, estar e intervir no mundo são
evocadas e permitem (re)pensar a crise socioambiental sob a ótica singular das (auto)biografias.
Saber Ambiental, quando mobilizado na relação com as experiências de vida, favorece a crítica
sobre a (in)sustentabilidade e o reconhecimento da natureza socioambiental da atividade
docente. Concluímos propondo o “Saber Ambiental Experiencial” como possibilidade de
pesquisa e formação e defendemos a Tese de que “O Saber Ambiental construído no trabalho
biográfico com experiências de vida centradas na Formação Inicial de Professoras em Educação
Ambiental coopera para o conhecimento e a compreensão da realidade natural e sociocultural
em sua complexidade”.