RETRATOS DA ESCOLA: AS IMAGENS FOTOGRÁFICAS NA MEDIAÇÃO DE MEMÓRIAS E EXPERIÊNCIAS HISTÓRICAS
Nome: MARCIA REGINA RODRIGUES FERREIRA
Data de publicação: 27/09/2024
Banca:
Nome | Papel |
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ARNALDO PINTO JUNIOR | Examinador Externo |
MARCELO LIMA | Examinador Interno |
PRISCILA MONTEIRO CHAVES | Examinador Interno |
ROGERIO OMAR CALIARI | Examinador Externo |
Resumo: A proposta basilar desta tese é analisar experiências históricas e memórias a partir de imagens fotográficas que retratam cenários da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental “Professor Hausler” e da comunidade de Vinte e Cinco de Julho, Santa Teresa-ES. Trata-se de uma pesquisa histórica, no campo da educação, com abordagem qualitativa do corpus documental, composto de imagens fotográficas e documentos textuais. Como aporte teórico, no filósofo e ensaísta Walter Benjamin destaca-se no diálogo com os conceitos de história, memória e narrativa. Por meio das reflexões de Benjamin, sugere-se escovar a história a “contrapelo”, uma proposta de interpretação que, em contraposição ao progresso e à linearidade, apresenta novas possibilidades de conceber o tempo, a história e a memória. No historiador Edward Palmer Thompson, são basilares as noções de cultura e experiência, fundamentais à compreensão dos processos dialéticos que atravessam a escola e a comunidade, permeados por conflitos, negociações, consensos, contradições e conquistas. Considerando uma educação das sensibilidades constantemente em curso, aproxima-se de Peter Gay (1998) nas discussões sobre as práticas socioculturais que atuam na formação dos sujeitos na escola e em outros espaços comunitários. Aborda-se a fotografia enquanto documento histórico e de mediação (Ciavatta; Schütz-Foerste), buscando-se construir uma intertextualidade entre os indícios fotográficos e os outros documentos. Nesse processo, destacam-se as categorias de universalidade, particularidade e singularidade (Lukács, 1970). Outrossim, as questões salientadas fornecem subsídios para se pensar a escola como espaço de produção e de compartilhamento de cultura, tensionando narrativas pretensamente homogêneas que criam um sentido único de identificação para a comunidade, em detrimento de histórias e memórias plurais.