JUVENTUDES RURAIS E TERRITORIALIDADES
Nome: RAINEI RODRIGUES JADEJISKI
Data de publicação: 18/10/2024
Banca:
Nome | Papel |
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CHARLES MORETO | Examinador Externo |
PABLO SILVA LIRA | Examinador Externo |
SILVANA VENTORIM | Examinador Interno |
SOLER GONZALEZ | Examinador Externo |
Resumo: Este estudo, vinculado ao grupo de pesquisa (CNPq) Culturas, Parcerias e Educação do Campo
e à linha de pesquisa Docência, Currículo e Processos Culturais, do Programa de PósGraduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), tem como objetivo analisar a relação entre a formação promovida no Centro Estadual Integrado de Educação Rural (CEIER) de Águia Branca e as territorialidades produzidas pelas juventudes rurais egressas.
Aprofunda, teoricamente, conceitos como juventudes/juventudes rurais (Castro et al., 2009;
Dayrell; Carrano, 2014; Weisheimer, 2005, 2009), territórios e territorialidades (Haesbaert,
2004, 2007) e Educação do Campo (Caldart, 2002, 2009, 2012, 2021; Molina, 2015).
Compreende as juventudes como construções sociais e como formas de ser e estar no mundo,
o que as diferencia em contextos urbanos e rurais. Defende que as territorialidades produzidas
pelas juventudes rurais refletem a interação entre os jovens e seus territórios de vivência e
circulação, revelando como eles constroem suas identidades e práticas socioculturais em
relação ao território que habitam. Entende que a Educação do Campo, nascida dos movimentos
sociais, pressupõe um trabalho pedagógico que parte da realidade concreta, dos anseios e das
necessidades formativas dos povos do campo. Metodologicamente, adota abordagens
qualitativas em Educação (Lüdke; André, 1986) com foco na história oral (Meihy; Seawright,
2021; Portelli, 2010, 2016), especificamente na história oral temática. Sob esse prisma, analisa,
por meio de narrativas, juventudes campesinas que passaram pelo CEIER de Águia Branca.
Constata que a formação promovida nesse Centro repercute nas territorialidades produzidas
pelas juventudes rurais egressas, o que evidencia a influência da formação escolar na
apropriação dos territórios. Desse modo, da escolarização, ocorre um processo de
territorialização, em que a escola se torna um espaço de construção identitária e de vínculos
afetivos e simbólicos que ultrapassam os limites do território físico/concreto da instituição.