O PAPEL DAS LÍNGUAS NO PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO: EVIDÊNCIAS E IMPLICAÇÕES A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUDEST
Nome: RENINNI TAQUINI
Data de publicação: 18/12/2024
Banca:
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Papel |
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EDUARDO HENRIQUE DINIZ DE FIGUEIREDO | Examinador Externo |
FELIPE FURTADO GUIMARAES | Examinador Externo |
GABRIEL BRITO AMORIM | Examinador Externo |
SIMONE SARMENTO | Examinador Externo |
Resumo: Esta tese tem como objetivo principal analisar o papel das línguas no processo de
internacionalização do ensino superior. Com esse fim, a pesquisa faz um estudo de
caso com levantamento dos países e línguas contemplados nas práticas e políticas
institucionais (política linguística e política de internacionalização), bem como nos
currículos Lattes dos professores da pós-graduação de uma universidade federal do
Sudeste para informar e contextualizar a discussão do papel das línguas nesse
processo. O arcabouço teórico usado inclui a noção bourdieusiana de capital
simbólico (Bourdieu, 1985) em diálogo com o sistema global das línguas (De Swaan,
2001) para explicar a distribuição das línguas e embasar a discussão do papel delas
no processo de internacionalização da universidade investigada. O método proposto
para analisar o papel das línguas no processo de internacionalização é misto, sendo
quantitativo quanto à análise da ocorrência de países, línguas e produção
internacional dos docentes da pós-graduação da instituição de ensino superior e
qualitativo quanto à análise de dados autoetnográficos produzidos pela autora em sua
experiência na universidade investigada como aluna de graduação e pós. Os
resultados da pesquisa apontam que as políticas e práticas linguísticas da
universidade analisada moldam diretamente o processo de internacionalização do
ensino superior pois, a escolha de determinadas línguas nas políticas e nas
experiências dos docentes contribuem para uma visão e prática de
internacionalização mais multilíngue e plural de produção e disseminação do
conhecimento, de forma a propiciar uma ecologia de línguas e saberes no processo
de internacionalização do ensino superior.