A FORMAÇÃO DE CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL SOBRE A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Nome: NATHASHA DAMBROZIO LOURENÇO
Data de publicação: 19/03/2025
Banca:
Nome![]() |
Papel |
---|---|
KEYLA SANTANA PAINAUD | Examinador Externo |
MARIANGELA LIMA DE ALMEIDA | Examinador Interno |
Resumo: Esta pesquisa tem o objetivo de investigar se o imaginário construído acerca da deficiência
intelectual pelos professores de Educação Especial que realizam o Atendimento Educacional
Especializado interfere na construção de concepções e do planejamento pedagógico,
considerando se há impactos do laudo médico. Partindo do pressuposto de que a concepção
dos indivíduos é constituída a partir de uma crença coletiva que pode ser disseminada por
meio de um imaginário social, este estudo adota, como base teórica central, as ideias cunhadas
por Bronislaw Baczko (1985, 1999). Discute as concepções circulantes no meio escolar sob a
perspectiva do conceito de imaginação social cunhado pelo autor, que assume uma óptica de
que o imaginário é capaz de exercer uma potência de regular os comportamentos e definir os
papéis sociais dos indivíduos. O caminho metodológico foi percorrido por meio de uma
pesquisa qualitativa, utilizando o método do estudo de caso para a investigação e entrevistas
semiestruturadas como instrumentos para a produção dos dados, que revelaram a importância
de se discutir as concepções circulantes sobre a deficiência intelectual, haja vista que as ideias
disseminadas socialmente impactam as ações dos sujeitos. Aponta que é necessário também
investigar as relações do laudo médico na construção dessas concepções e do planejamento
pedagógico docente, uma vez que a história da educação destinada às pessoas com deficiência
demonstra que as influências da área da saúde no campo da educação ainda podem estar
presentes no cotidiano escolar na perspectiva do modelo médico. Apesar de o laudo médico
não impactar diretamente a formação de concepções e de práticas, tendo influência somente
como uma ponte de transição, os docentes demonstram que necessitam do documento para
iniciar o trabalho pedagógico, não o utilizando em todo o processo de planejamento, mas
considerando o laudo como base e respaldo. Constata que o imaginário social apresenta raízes
que permanecem qualificando a Medicina no campo da Educação Especial, o que pode
direcionar a perspectiva dos sujeitos a partir de uma óptica clínica.