As trilhas possíveis da inclusão de pessoas com deficiência na educação profissional do IFES Vitória: narrativas dos protagonistas
Nome: JOSELMA DE VASCONCELOS MENDES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/04/2013
Orientador:
Nome | Papel |
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SONIA LOPES VICTOR | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANTONIO HENRIQUE PINTO | Examinador Externo |
MARIA APARECIDA SANTOS CORRÊA BARRETO | Examinador Interno |
SONIA LOPES VICTOR | Orientador |
Resumo: Esta pesquisa objetiva analisar como se desenvolve a inclusão de pessoas com deficiência no Curso Técnico em Segurança do Trabalho do Ifes Vitória na perspectiva dos sujeitos envolvidos no processo. É uma investigação de cunho qualitativo / interpretativo um estudo de caso iniciada em junho de 2012, realizada com dois alunos com deficiência física, dois professores do curso e quatro gestores, pedagogos e diretor de ensino. Visa possibilitar momentos de escuta dos sujeitos e de seus próprios saberes, investigar caminhos percorridos pela Instituição para a realização do trabalho com pessoas com deficiência (leis, projetos pedagógicos, planos de ensino) e refletir sobre as possibilidades de ação transformadora na perspectiva da educação inclusiva, considerando o contexto sócio-histórico da instituição Ifes. Fundamenta seu olhar, que busca a escuta qualificada tendo em mente apreender a singularidade de cada um, em Freire e Benjamin. Para isso, utiliza narrativas e entrevistas semiestruturadas, que são organizadas no formato de entrevistas-narrativas, em que as falas de cada segmento educandos, professores e gestores é agrupada em três eixos temáticos: o início do processo na percepção de cada sujeito participante, o processo de inclusão em andamento, com suas possibilidades, tensões e desafios, e as conquistas e desejos. Os sujeitos se narram e ao processo de inclusão vivido desde o seu início com o ingresso na Instituição , delineando os fatos marcantes, as possibilidades, as tensões, os desafios, bem como os desejos e as conquistas. Na análise dos dados observa-se que: as narrativas suscitaram indagações que estão no cerne da práxis inclusiva e dela se retroalimentam; a legislação em vigor, se por si só não provoca mudanças, sem esse respaldo legal, no entanto, o processo de inclusão seria ainda mais penoso/moroso; o empenho de um grupo denominado pró-inclusão foi decisivo na sensibilização dos sujeitos e ações políticas institucionais, ratificando que a intervenção pedagógica propiciou um ambiente de convivência mais favorável; que as conquistas resultaram da luta enfrentada como um desafio e não como barreira intransponível, que exigiu uma práxis crítica. Nas considerações finais enfatiza-se a escuta sensível realizada na pesquisa apontando trilhas pelas quais a inclusão pode ser viabilizada. É o inédito viável em Freire que passa: pela valorização da experiência vivida; pela escuta como dever profissional e ético, diálogo em que não haja julgamento e estigmatização das possibilidades do outro; pela intencionalidade na luta coletiva que desenha saídas para uma educação emancipatória dos sujeitos por eles mesmos, pelo processo de escuta e análise sócio-histórica, cultural e política, que acredita no inédito viável como possibilidade real.