MEMÓRIAS Imagéticas: Revisitando As Narrativas Infantis em Contexto Escolar de Ensino Fundamental

Nome: FERNANDA MONTEIRO BARRETO CAMARGO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 04/12/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GERDA MARGIT SCHUTZ FOERSTE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GERDA MARGIT SCHUTZ FOERSTE Orientador
HIRAN PINEL Examinador Interno
JADER JANE MOREIRA LOPES Examinador Externo
VALDETE CÔCO Examinador Interno

Resumo: A presente tese, cujo título é MEMÓRIAS IMAGÉTICAS: REVISITANDO AS
NARRATIVAS INFANTIS EM CONTEXTO ESCOLAR DE ENSINO FUNDAMENTAL,
tem como tema gerador a ressignificação das memórias imagéticas infantis nas relações de ensino-aprendizagem mediadas pela Arte. Indaga-se de que maneira as memórias imagéticas estão presentes nas práticas pedagógicas no contexto de séries iniciais do ensino fundamental evidenciando narrativas singulares das crianças? Investiga, em uma classe de 27 crianças do 4º ano das séries iniciais do Ensino Fundamental, as memórias imagéticas cultivadas e silenciadas em contexto escolar. A partir de uma metodologia de retorno ao campo pesquisado, questiona-se o silenciamento da expressão criadora e das vozes das crianças. Investiga, nas mediações pedagógicas do cotidiano escolar, como a criança cultiva, oculta e/ou expressa suas memórias individuais e coletivas. Teve como objetivo principal analisar as relações possibilitadas pelo ensino da Arte em turmas de séries iniciais do Ensino Fundamental a partir de uma docência colaborativa entre professor regente e professor de Arte e para tanto recobrou memórias imagéticas evidenciadas em intervenção realizada na turma no ano de 2010, discutiu as narrativas presentes nos ambientes da escola e analisou a relação entre a prática pedagógica e a mediação da Arte na formação dos sujeitos partindo do trabalho colaborativo do professor de Arte com o professor regente. O conceito de memória imagética adquire um importante papel metodológico esta pesquisa, dimensionado principalmente por Damásio (1996) e Halbwachs (2006). Da perspectiva freiriana (1980, 1981, 1984, 1992, 1996, 2005, 2008, 2010,2011), surgem as análises das relações em sala de aula e a construção do conhecimento pelos sujeitos. Buscam os
estabelecer diálogos com Vigotski (1988, 1991, 1993, 1998, 2001, 2009, 2010) e as mediações entre afetividade e conhecimento. Com Benjamin (1984, 1985, 1991,1993, 1994, 2002, 2005, 2011) e os conceitos de narrativa e experiência, Agamben (2008), Vasconcellos (2005, 2007), Lopes (2005, 2007) e Sarmento (1997, 2000, 2003, 2007, 2008) sobre infâncias e seus espaços em diálogos com relatos da pesquisa colaborativa. A pesquisa recorreu à consulta e exame de múltiplas fontes bibliográficas, entrevistas, filmagens, documentos e triangulou dados para analisar as práticas escolares e narrativas infantis na elaboração dos conceitos sobre criança, narrativas e memórias imagéticas. Assim, a partir da compreensão do valor da produção das crianças, propôs uma reflexão sobre as bases da construção filosófica-metodológica do ensino das artes nas séries iniciais, indicando que a referência deve estar nas necessidades das crianças que são mediadas, diariamente, por informações sociais, culturais, morais, educacionais e psicológicas. Tais mediações orientam seus processos de conhecimento que são tecidos nas relações complexas entre o cognitivo e o emotivo/afetivo.

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