DIÁLOGOS Sobre Os Processos Formativos Socioprofissionais do Professor de Arte no Contexto da Educação Infantil do Município de Serra: um Estudo de Caso

Nome: SAMIRA DA COSTA STEN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 05/12/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GERDA MARGIT SCHUTZ FOERSTE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ERINEU FOERSTE Examinador Interno
GERDA MARGIT SCHUTZ FOERSTE Orientador
LIANA GONÇALVES PONTES SODRÉ Examinador Externo
ROGÉRIO DRAGO Examinador Interno
VÂNIA CARVALHO DE ARAÚJO Examinador Interno

Resumo: Este estudo teve como objetivo geral compreender como se constitui o trabalho docente do professor de Arte mediado pelos processos formativos socioprofissionais no contexto da Educação Infantil no município de Serra/ES. Buscamos na particularidade do professor de Arte os processos mediadores que o formam e o constituem como docente. Delimitamos como objetivos específicos: analisar a constituição do trabalho docente do professor de Arte mediado pelos processos formativos socioprofissionais; problematizar o processo de inserção profissional do professor de Arte no contexto da Educação Infantil do município de Serra/ES e refletir sobre as especificidades do trabalho do professor de Arte com crianças pequenas. E, para tanto propomos uma investigação de natureza qualitativa, na qual o percurso metodológico se deu por meio de estudo de caso em que utilizamos como instrumentos metodológicos: diário de campo, entrevistas semiestruturadas e observação participante. Foram analisadas experiências vividas no cotidiano e produzidas nos embates teórico-práticos que emergem no dia a dia do professor de Arte e por sua vez dialogam com seu processo de formação. Com intuito de compreendermos os processos de constituição docente em sua totalidade no contexto da Educação Infantil do município de Serra/ES nos abrimos ao diálogo com o professor de Arte buscando os processos sociais que engendram sua formação em espaços da Educação Infantil. Verificamos especialmente as inter-relações entre os pares na constituição de sua trajetória socioprofissional, a mediação com o espaço físico e os sujeitos, bem como as formações promovidas pelas instituições formadoras no município em tela. Serve de aporte teórico para este estudo a abordagem sócio-histórica de Lev. S. Vigotski e, para dialogarmos com a produção teórica sobre a formação docente, buscamos interlocuções com a Pedagogia de Paulo Freire e com a obra de autores como Antônio Nóvoa e Menga Lüdke, com os quais dimensionamos o conceito de profissionalização docente. Os resultados da pesquisa apontam para a frágil formação do docente em artes para o trabalho docente na Educação Infantil. Contudo, constata a importância da inclusão desse profissional nos quadros da docência com crianças pequenas. Verifica-se a existência de formação continuada, todavia esta não leva em conta a totalidade dos eventos socioprofissionais que afetam o professor de Arte acarretando um processo aligeirado, construído em sua maioria por meio de processos de autoformação tendo apenas as professoras regentes e o contexto de trabalho como local de produção de conceitos e práticas; os resultados também apresentam uma fragmentação do espaço/tempo da Educação Infantil em hora/aula com um velado contexto de disciplinas como descaracterização da integralidade das propostas educativas da Educação Infantil, isso ocorre por meio da presença do professor de Arte que garante o tempo de planejamento das professoras regentes. Todavia, as especificidades do trabalho do professor de Arte como profissional responsável por uma parcela de ampliação das experiências e das vivências sensíveis e estéticas das crianças se estabelece, entretanto sua profissionalização ainda se apresenta como um processo precário, visto que pouco sistematizado. Isso suscita dificuldades na sua constituição socioprofissional e, por conseguinte, no seu trabalho. Assim, ressaltamos que sua presença na Educação Infantil possibilita uma concretude dialógica com os professores, que produzem outros saberes e sentidos naquele contexto, mas impõe a necessidade de maior investimento na formação continuada desses profissionais e rediscussão dos espaços e atribuições que ocupam e respondem na formação da criança pequena.

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